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Líderes separatistas catalães são levados a Madri para julgamento por rebelião

1 fev 2019 - 17h08
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O político catalão preso Raül Romeva espera que o julgamento iminente de líderes separatistas na Suprema Corte de Madri volte a chamar a atenção para a iniciativa de independência da região da Espanha.

O julgamento de Romeva e 11 outros - descrito pelo presidente da Suprema Corte, Carlos Lesmes, como o mais importante do país desde que a democracia foi restaurada após a morte de Francisco Franco em 1975 - começará em 12 de fevereiro, informou o tribunal nesta sexta-feira.

    O procurador-geral da Espanha está pedindo penas de prisão de até 25 anos por rebelião e uso indevido de fundos públicos devido ao papel dos réus na tentativa fracassada da Catalunha de se separar da Espanha em 2017.

    "Procuramos ser ouvidos durante muito tempo, mas eles silenciaram nossas vozes e imagem com a prisão", disse Romeva, de 47 anos, à Reuters.

    Ele foi um dos nove separatistas presos sem direito a fiança no final de 2017 e no início de 2018 que foram transferidos nesta sexta-feira de prisões nos arredores de Barcelona para dependências próximas de Madri.

    "Vemos este julgamento como uma oportunidade para nos dirigirmos à opinião pública e à sociedade da Catalunha, da Espanha e obviamente em um nível internacional", disse Romeva em uma entrevista por escrito realizada em um formato de perguntas e respostas pouco antes da transferência.

    O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, que precisa do apoio de nacionalistas catalães para aprovar leis, é favorável a um diálogo para dar mais autonomia à Catalunha, mas descartou qualquer ação de viés separatista.

    Romeva, um veterano do movimento separatista, estava a cargo das relações exteriores do governo catalão liderado por Carles Puigdemont que proclamou a independência unilateralmente em 2017 depois de um referendo que Madri considerou inconstitucional.

    Ele também era membro do Parlamento Europeu.

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