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Líder republicano da Câmara dos EUA diz que Trump não deveria conceder perdão a si mesmo

6 jun 2018 - 17h28
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O presidente da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, Paul Ryan, disse nesta quarta-feira que o presidente norte-americano, Donald Trump, não deveria conceder um perdão a si mesmo, tornando-se o segundo líder republicano no Congresso a repudiar a afirmação de Trump a respeito de seu poder "absoluto" para fazê-lo.

 Paul Ryan  24/6/2018  REUTERS/Toya Sarno Jordan
Paul Ryan 24/6/2018 REUTERS/Toya Sarno Jordan
Foto: Reuters

Ryan também rejeitou outra das afirmações de Trump -a de que o FBI e o Departamento de Justiça plantaram um informante em sua campanha presidencial de 2016. Ele disse concordar com a colocação do deputado Trey Gowdy, presidente republicano do Comitê de Supervisão da Câmara, de que as autoridades federais agiram adequadamente.

"Acho que a avaliação inicial do presidente Gowdy é exata, mas temos que ir mais fundo", disse.

Ryan, que não tentará a reeleição, teve uma relação tensa com Trump durante a campanha, mas evitou se chocar com seu superior desde que ele tomou posse.

Indagado se Trump pode se perdoar legalmente, Ryan respondeu aos repórteres no Capitólio: "Não conheço a resposta técnica para esta pergunta, mas obviamente ele não deveria. Ninguém está acima da lei."

Na segunda-feira Trump se pronunciou sobre o perdão em uma série de tuítes nos quais criticou o inquérito criminal do procurador especial Robert Mueller sobre um suposto conluio de sua campanha com a Rússia para influenciar a eleição de 2016.

"Como foi afirmado por vários estudiosos legais, tenho o direito absoluto de me PERDOAR, mas por que eu faria isso se não fiz nada errado?", escreveu Trump.

Em outro tuíte ele classificou a nomeação do procurador especial como "totalmente INCONSTITUCIONAL".

Os comentários vieram a público no momento em que a investigação de Mueller, que inclui uma possível obstrução legal de Trump ao inquérito sobre a Rússia, entrou em seu segundo ano.

Trump nega ter se mancomunado com os russos ou obstruído a Justiça e qualifica a investigação de Mueller como uma "caça às bruxas".

Na terça-feira o líder republicano do Senado, Mitch McConnell, também desestimulou qualquer conversa sobre um perdão de Trump a si mesmo.

    "Permitam-me dizer a vocês que, da minha perspectiva, não acho que o presidente precisa de nenhum conselho sobre se perdoar", disse. "Obviamente ele sabe que isso não seria algo que ele faria ou deveria fazer."

Em uma entrevista concedida à Reuters no domingo, o advogado de Trump, Rudolph Giuliani, minimizou a possibilidade de um perdão de Trump a si mesmo.

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