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Líder do Senegal se reelege graças a boom econômico, mas oposição contesta

28 fev 2019 - 16h06
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O presidente do Senegal, Macky Sall, conquistou mais um mandato com tranquilidade na eleição de domingo, como mostraram cifras provisórias nesta quinta-feira, o que lhe dá mais cinco anos para concluir uma série de projetos de modernização.

 Macky Sall, discursa após votar 24/2/2019 REUTERS/Zohra Bensemra
Macky Sall, discursa após votar 24/2/2019 REUTERS/Zohra Bensemra
Foto: Reuters

Os quatro candidatos de oposição disseram que rejeitam o resultado, mas também que não apelarão contra ele.

    A economia senegalesa ganhou ímpeto desde que Sall tomou posse em 2012, impulsionada pela construção de um novo aeroporto e vias expressas e uma ampliação da rede elétrica que foram aplaudidos por doadores internacionais e a elite local.

"Acreditamos nele sete anos atrás, continuamos a acreditar nele agora. Ele é um visionário... ele é o futuro do Senegal", disse a apoiadora Aicha Cisse Bottenoire.

    Mas grupos de direitos humanos criticam Sall por reprimir duramente os dissidentes, livrar-se de rivais e fazer pouco pelos pobres - na ex-colônia francesa de 15 milhões de habitantes a renda média é de menos de 200 dólares por mês.

    Khalifa Sall, ex-prefeito de Daca, e Karim Wade, filho do ex-presidente Abdoulaye Wade, que governou de 2000 a 2012, foram impedidos de concorrer devido a condenações por corrupção que a oposição disse terem tido motivação política. Sall e seu partido o negam.

O adversário Idrissa Seck, que ficou em segundo lugar com cerca de 21 por cento dos votos, e Ousmane Sonko, que chegou em terceiro com 16 por cento, disseram em um comunicado conjunto: "Rejeitamos firme e convictamente estes resultados. (Sall) desconsiderou a vontade do povo."

"Não faremos uma apelação ao conselho constitucional", acrescentaram, sem especificar qual será sua próxima medida.

    Tecnicamente, os candidatos derrotados têm 72 horas para apresentar uma apelação.

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