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Líder de oposição russo Navalny é libertado e aprisionado novamente por mais 20 dias

24 set 2018 - 21h13
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O líder de oposição russo Alexei Navalny foi libertado nesta segunda-feira depois de cumprir 30 dias de prisão - mas foi imediatamente aprisionado novamente, e terá de cumprir mais 20 dias de prisão por acusações de promover um protesto ilegal. 

Navalny durante audiência em Moscou
 24/9/2018   REUTERS/Maxim Shemetov
Navalny durante audiência em Moscou 24/9/2018 REUTERS/Maxim Shemetov
Foto: Reuters

Apoiadores de Navalny dizem que ele foi preso momentos depois de sair da prisão após o período cumprido por ter planejado uma manifestação não autorizada em Moscou em janeiro que pedia o boicote do que ele classificava como uma eleição fraudada. 

Ele apareceu novamente no tribunal na noite de segunda-feira onde foi considerado culpado de organizar um protesto ilegal no dia 9 de setembro, segundo seus apoiadores. 

Navalny negou diante do tribunal qualquer envolvimento no protesto de 9 de setembro pois ele já estava na prisão quando autoridades de Moscou recusaram um pedido da oposição por um protesto. "Eu não tinha meios de comunicação, não tinha Internet ... estava completamente isolado", disse. 

Um repórter da Reuters viu Navalny ser acompanhado para fora da sala do tribunal por um grupo de homens uniformizados depois que o juiz terminou de ler o veredicto. 

Seus apoiadores disseram que a medida teve o intuito de isolá-lo em um momento de crescente descontentamento diante de reformas impopulares promovidas pelo governo. 

O plano do Kremlin para aumentar a idade de aposentadoria tem contado com a oposição de milhares de russos que tomaram as ruas nas últimas semanas, enquanto a popularidade do presidente Vladimir Putin registrou queda de 15 pontos percentuais. 

Antes de passar o período de 30 dias na prisão, Navalny disse que sua condenação tinha o objetivo de evitar que ele liderasse protestos nacionais contra a reforma da previdência no dia 9 de setembro, quando mais de 800 pessoas foram detidas. 

Lyubov Sobol, advogada na fundação anti-corrupção de Navalny, disse que ele estava sendo perseguido pelas autoridades por causa dos protestos contra a reforma da previdência. 

"Estão isolando um político e um líder de oposição", escreveu no Twitter.

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