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Líder de Myanmar é acusada de novo crime por militares golpistas

Suu Kyi responde por 6 'crimes' desde o dia do golpe de Estado

12 abr 2021 - 12h14
(atualizado às 12h20)
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A líder "de facto" de Myanmar, Aung San Suu Kyi, foi acusada de um novo crime na gestão da pandemia da Covid-19 pela junta militar que deu um golpe de Estado no país no início de fevereiro. Essa é a sexta imputação da Nobel da Paz de 1991 desde sua prisão no dia 1º daquele mês.

Suu Kyi está presa desde 1º de fevereiro, data do golpe militar
Suu Kyi está presa desde 1º de fevereiro, data do golpe militar
Foto: ANSA / Ansa - Brasil

"Ela foi acusada de seis crimes no total, cinco acusações em Nay Pyi Daw e uma em Yangon", disse a advogada Min Min Soe à agência AFP nesta segunda-feira (12).

Essa é a segunda acusação de violação da lei de desastres naturais por conta da gestão da crise sanitária contra Suu Kyi, argumento também usado contra o presidente do país, Win Myint, que está na mesma prisão domiciliar que sua aliada.

Os outros quatro "crimes" referem-se à violação das leis de comércio exterior (pela importação de rádios de comunicação) e de comunicação, além de acusações por incitar os protestos pró-democracia e por corrupção (por supostamente ter recebido US$ 600 mil e 11 quilos de ouro).

As audiências são realizadas todas por videoconferência, bem como as conversas que ela tem com seus advogados.

Suu Kyi e Myint foram presos no dia do golpe por uma suposta "fraude eleitoral", mas nunca foram acusados por nada relacionado ao pleito de 8 de dezembro. Na disputa, o partido deles, o Liga Nacional para a Democracia (NLD), teve uma vitória avassaladora com mais de 70% dos votos.

Segundo analistas, por perceberem que tinham perdido o controle do país, mesmo tendo nas mãos o controle de três importantes ministérios - Defesa, Interior e Relações Externas - e de 25% do Parlamento, ambos por força de lei, os militares deram o golpe contra a democracia.

Desde então, diariamente, milhares de pessoas vão às ruas de inúmeras cidades de Myanmar para protestar pela libertação dos presos políticos e também para a retomada da normalidade democrática.

No entanto, os policiais usam força letal contra os civis para desfazer os atos e já mataram cerca de 700 pessoas - incluindo dezenas de crianças. O golpe também teve repercussões nas relações exteriores, com os países ocidentais impondo sanções pesadas contra a junta militar e contra empresas estatais. .

Ansa - Brasil   
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