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Líder de Hong Kong nega intenção de renunciar após vazamento de áudio

Em áudio, Carrie Lam disse que deixaria o cargo se pudesse

3 set 2019 - 08h35
(atualizado às 08h56)
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A chefe de governo de Hong Kong, Carrie Lam, negou qualquer intenção de renunciar ao cargo depois de falar em um áudio vazado que ?pediria demissão se pudesse?.

Líder de Hong Kong nega intenção de renunciar após vazamento de áudio
Líder de Hong Kong nega intenção de renunciar após vazamento de áudio
Foto: EPA / Ansa - Brasil

Na última segunda-feira (2), uma gravação, de 24 minutos, captada em uma reunião a portas fechadas entre Lam e empresários, foi divulgada pela agência ?Reuters?. ?Se eu tiver uma escolha, a primeira coisa é sair e pedir desculpas sinceras?, disse ela.

A mandatária ainda sugere que a impossibilidade de escolher seu futuro se deve ao fato de que seu governo serve ?a dois mestres, pela Constituição?: o povo de Hong Kong e o governo chinês.

Carrie também ressalta que o caos no território é um problema de segurança nacional e que a China não tem um prazo para resolver a crise em Hong Kong e que as autoridades não enviariam tropas para encerrar os protestos.

Hoje, apesar de afirmar que ?nunca pediu demissão?, Lam não negou a autenticidade do áudio durante a coletiva de imprensa semanal. ?A escolha de não renunciar é minha própria escolha?, afirmou, insistindo que quer ajudar o território em uma ?situação muito difícil e servir o povo?.

?Foi uma conversa privada que foi divulgada ao público?, afirmou a líder de Hong Kong, acrescentando que considera o episódio ?inapropriado? e ?muito decepcionante?.

O vazamento veio à tona em meio à série de protestos contra o governo de Hong Kong, que foram desencadeados pela votação de um projeto de lei que autoriza a extradição de suspeitos de crime para a China continental, mas ganharam força também em prol de democracia. Além disso, Lam, que arquivou o projeto, tornou-se alvo dos manifestantes.

?Estamos estudando todas as soluções legais para resolver a situação. O cenário atual é bastante desafiador, mas a melhor maneira de lidar com isso é através da comunicação e do diálogo com pessoas de diferentes status sociais e posições políticas?, observou.

As declarações da governadora de Hong Kong foram dadas um dia depois que centenas de estudantes universitários e de ensino médio boicotaram o início do ano letivo. O novo ato ocorreu depois de manifestantes terem bloqueado novamente o Aeroporto Internacional do território.

Desde o início dos protestos, 1.117 pessoas já foram presas, de acordo com balanço da polícia, sendo 159 apenas no último fim de semana.

Ansa - Brasil   
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