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Líder de grupo de extrema-direita é primeiro a ser acusado de conspiração sediciosa em ataque ao Capitólio

13 jan 2022 - 19h33
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Promotores dos Estados Unidos acusaram nesta quinta-feira o fundador da milícia de extrema-direita Oath Keepers, Stewart Rhodes, e 10 supostos membros do grupo de conspiração sediciosa por participação no ataque mortal de 6 de janeiro de 2021 ao Capitólio.

Eles disseram que Rhodes alertou seu grupo para se preparar para uma "luta sangrenta e desenfreada" nos dias que antecederam o ataque, quando apoiadores do então presidente Donald Trump tentaram impedir o Congresso de certificar sua derrota nas eleições.

Esta é a primeira vez que supostos participantes do ataque são acusados de conspiração sediciosa, que é definida como tentativa de "depor, derrubar ou destruir pela força o governo dos Estados Unidos".

"Vamos para a luta", disse Rhodes a seus aliados no aplicativo de mensagens Signal, segundo os promotores. "Isso não pode ser evitado."

Os Oath Keepers são um grupo vagamente organizado de ativistas que acreditam que o governo federal está usurpando seus direitos e se concentram no recrutamento de integrantes antigos ou da ativa na polícia, serviços de emergência e militares.

Nove dos onze acusados de conspiração sediciosa já estavam enfrentando outras acusações relacionadas ao ataque ao Capitólio. Membros da extrema-direita Proud Boys e Three Percenters também foram acusados de participar do ataque.

A acusação diz que Rhodes começou a enviar mensagens a seus seguidores em novembro de 2020, mês da derrota eleitoral de Trump para o democrata Joe Biden, incentivando-os a "se opor pela força à transferência legal do poder presidencial".

Após perder a eleição, Trump repetidamente fez alegações falsas de que sua derrota foi resultado de fraude generalizada. Ele repetiu essas afirmações em um discurso inflamado perto da Casa Branca antes de milhares de seus seguidores invadirem o Capitólio no pior ataque à sede do Congresso desde a Guerra de 1812.

Os promotores disseram que, a partir do final de dezembro de 2020, Rhodes usou comunicações privadas criptografadas para organizar viagem para Washington em 6 de janeiro. Ele e outros planejavam levar armas para ajudar a apoiar a operação, segundo os promotores.

Enquanto alguns dos membros do Oath Keeper correram para dentro do prédio usando equipamentos táticos, outros permaneceram do lado de fora no que eles consideraram equipes de "força de resposta rápida", que estavam preparadas para transportar armas rapidamente para a cidade, disseram os promotores.

Jon Moseley, um advogado de Rhodes, disse à Reuters que estava ao telefone com Rhodes para discutir sua aparição planejada perante o Comitê Seleto da Câmara sobre o 6 de janeiro, quando o FBI ligou.

Conspiração sediciosa é um crime com pena máxima de 20 anos de prisão.

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