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Líder das Farc Iván Márquez rejeita assumir cargo no Senado

16 jul 2018 - 20h10
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O ex-comandante da guerrilha da Colômbia Farc Ivan Márquez disse nesta segunda-feira que não assumirá seu assento no Senado nesta semana para protestar contra a prisão do rebelde Jesus Santrich e mudanças no acordo de paz que, que segundo ele, o desfigurou.

Ex-comandante das Farc Ivan Márquez durante entrevista coletiva em Bogotá
10/04/2018 REUTERS/Jaime Saldarriaga
Ex-comandante das Farc Ivan Márquez durante entrevista coletiva em Bogotá 10/04/2018 REUTERS/Jaime Saldarriaga
Foto: Reuters

Márquez e outros nove ex-líderes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia deveriam ser empossados no Congresso na sexta-feira como parte de um acordo de paz assinado no final de 2016 que pôs fim à parte deles em um conflito de cinco décadas.

Benkos Bioho, outro ex-combatente das Farc, assumirá sua vaga, de acordo com relatos da mídia.

Márquez também apontou mudanças no acordo de paz original e a não permissão para que o grupo se converta para a política legal como razões para sua decisão.

"Eu sinto que a paz colombiana está presa nas redes de traição, e não tanto porque o acordo não se materializou - o que requer algum tempo - mas por causa das modificações introduzidas que desfiguraram o acordo", disse Márquez em uma carta divulgada na imprensa local.

O presidente eleito de direita, Ivan Duque, assumirá o cargo em 7 de agosto, substituindo o presidente Juan Manuel Santos, que ganhou um prêmio Nobel da Paz por seus esforços para acabar com a guerra. Duque tem dito que fará modificações no acordo e quer que os líderes das Farc cumpram sentenças por crimes antes de tomarem seus lugares.

As Farc foram autorizadas a formar um partido político, que manteve sua famosa sigla como Força Alternativa Revolucionária do Comum. Como parte do acordo, cinco assentos em cada Casa foram reservados a ela até 2026.

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