Script = https://s1.trrsf.com/update-1749588312/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Leão XIV confia início de pontificado à intercessão de São Paulo

Pontífice tomou posse de basílica papal em Roma

20 mai 2025 - 13h04
(atualizado às 14h02)
Compartilhar
Exibir comentários

O papa Leão XIV tomou posse da Basílica Papal de São Paulo Fora dos Muros, em Roma, nesta terça-feira (20) e rezou diante do túmulo do chamado "Apóstolo dos Gentios", em mais um rito de início de seu pontificado.

Na visita, Robert Francis Prevost desceu ao túmulo de São Paulo, ajoelhou-se e permaneceu em veneração e oração. Na sequência, venerou o Troféu do Apóstolo e celebrou uma missa perante uma igreja lotada de fiéis, encerrando-a com a Bênção apostólica.

Em sua homilia, o novo líder da Igreja Católica destacou a "graça, fé e justiça" como "os três grandes temas" da carta dirigida por São Paulo aos cristãos de Roma, cuja passagem foi lida durante a celebração e sobre a qual convidou a todos a refletir, e confiou "o início deste novo pontificado à intercessão do Apóstolo dos Gentios".

"Que o Senhor me dê a graça de responder fielmente ao seu chamado", disse ele, lembrando que "São Paulo diz antes de tudo que recebeu de Deus a graça do chamado".

Refletindo sobre a mensagem do apóstolo, Prevost ressaltou que São Paulo reconhece que o seu encontro com Cristo e o seu ministério estão ligados ao amor com que Deus o amou primeiro.

"Santo Agostinho - também ele convertido - fala da mesma experiência, dizendo: 'Mas o que podemos escolher, se antes não formos escolhidos? Porque não conseguiremos amar, se antes não formos amados'", disse o Papa.

Durante a mensagem, o norte-americano também reforçou que "na raiz de toda vocação está Deus: a sua misericórdia, a sua bondade, generosa como a de uma mãe, que naturalmente, através do seu próprio corpo, alimenta o seu filho quando este ainda não é capaz de se alimentar a si mesmo".

Além disso, lembrou que Paulo fala na mesma passagem sobre a "obediência da fé" e compartilha o que vivenciou quando o Senhor apareceu em seu caminho em Damasco.

O pontífice destaca que, na ocasião, o apóstolo não foi privado da liberdade, mas teve a possibilidade de uma escolha, de uma obediência que era fruto de trabalho, de lutas internas e externas, que ele aceitou enfrentar.

"A salvação não vem por magia, mas por um mistério de graça e de fé, do amor proveniente de Deus e da adesão confiante e livre do homem", enfatizou ele, pedindo ao Senhor "que também nós saibamos responder aos seus convites da mesma maneira".

Ele pediu ainda que todos aprendam a "cultivar e difundir a sua caridade, tornando próximos uns dos outros".

Por fim, Leão XIV recordou que a Basílica de São Paulo Fora dos Muros "está confiada, há séculos, aos cuidados de uma comunidade beneditina" e ressaltou o "amor como fonte e motor do anúncio do Evangelho".

"Deus nos ama. Esta é a grande verdade da nossa vida e que dá sentido a tudo o mais. [...]. Na origem da nossa existência, há um projeto de amor de Deus e a fé nos leva a abrir o nosso coração a este mistério de amor e a viver como pessoas que se sabem amadas por Deus", afirmou.

 De acordo com o Santo Padre, "esta é a raiz, simples e única, de toda a missão", incluindo a sua, "como sucessor de Pedro e herdeiro do zelo apostólico de Paulo".

Após a celebração, Leão XIV deixou a Basílica saudado e aplaudido pelos fiéis presentes dentro e fora da igreja, que gritavam "Viva o Papa", e retornou ao Vaticano após cerca de 50 minutos.

O norte-americano fará visitas semelhantes no próximo domingo, 25 de maio, às Basílicas de São João de Latrão e Santa Maria Maggiore. 

Ansa - Brasil
Compartilhar
Publicidade
Seu Terra












Publicidade