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Rússia minimiza reportagens sobre espião dos EUA em gabinete presidencial

10 set 2019 - 09h47
(atualizado às 18h12)
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O governo russo minimizou nesta terça-feira reportagens da mídia norte-americana sobre um espião da CIA dentro da Presidência da Rússia, mas disse que uma autoridade de baixo escalão, que a mídia russa insinuou ser o agente, havia trabalhado ali embora não tivesse acesso ao presidente Vladimir Putin.

Presidente russo, Vladimir Putin, em Moscou
07/09/2019
Sputnik/Aleksey Nikolskyi/Kremlin via REUTERS
Presidente russo, Vladimir Putin, em Moscou 07/09/2019 Sputnik/Aleksey Nikolskyi/Kremlin via REUTERS
Foto: Reuters

Na segunda-feira, a CNN revelou que os Estados Unidos extraíram uma de suas fontes infiltradas de mais alto nível da Rússia em 2017. Mais tarde, o jornal The New York Times disse que o informante enviou segredos a Washington durante décadas.

O jornal russo Kommersant informou nesta terça-feira que o funcionário pode ter sido um homem chamado Oleg Smolenkov, que se diz ter desaparecido com a esposa e os três filhos quando passava férias em Montenegro em 2017.

    O Kommersant publicou uma foto de uma casa no Estado norte-americano da Virgínia que disse ter sido comprada por um homem chamado Smolenkov em 2018.

O secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, negou os relatos de que a CIA havia retirado o informante da Rússia devido a preocupações de que a identidade do espião fosse revelada.

"A reportagem ali está factualmente incorreta", afirmou Pompeo sem mais detalhes.

Daniel Hoffman, ex-chefe de uma divisão da CIA, disse que o informante é um homem marcado, porque Putin não pode arriscar que autoridades do país "pensem que podem sair impunes ao trair a Rússia".

    Indagado sobre o assunto, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, respondeu que Smolenkov de fato trabalhou na Presidência russa, mas que foi demitido em 2016/17.

    "É verdade que Smolenkov trabalhou na administração presidencial, mas foi demitido vários anos atrás. Seu trabalho não era de alto nível", disse.

    Smolenkov não tinha acesso direto ao presidente Vladimir Putin, acrescentou Peskov, recusando-se com uma risada a confirmar se ele era agente dos EUA ou não.

    "Não posso confirmar isso... não sei se era um agente. Só posso confirmar que havia tal pessoa na administração presidencial, que mais tarde foi despedida."

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