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Kremlin diz que garrafa poderia ser prova em caso Navalny, mas foi removida da Rússia

18 set 2020 - 08h29
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O Kremlin afirmou nesta sexta-feira que uma garrafa de água encontrada no quarto de hotel do líder de oposição Alexei Navalny, que a Alemanha e outros governos ocidentais dizem ter sido envenenado com uma substância neurotóxica, poderia ter servido como prova no caso, mas foi retirada da Rússia por apoiadores de Navalny.

Garrafas de água em quarto de hotel onde Navalny ficou hospedado em cidade de Tomsk
Marcas vermelhas incluídas pela fonte
Cortesia do Instagram @NAVALNY/Mídia social via REUTERS
Garrafas de água em quarto de hotel onde Navalny ficou hospedado em cidade de Tomsk Marcas vermelhas incluídas pela fonte Cortesia do Instagram @NAVALNY/Mídia social via REUTERS
Foto: Reuters

A equipe de Navalny afirmou na quinta-feira que a garrafa de água, retirada do quarto de hotel na cidade de Tomsk no mês passado, foi levada para a Alemanha, onde encontraram vestígios do agente Novichok.

Questionado sobre a descoberta, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que especialistas russos não puderam examinar a garrafa e, por isso, Moscou não poderia comentar.

"Não podemos explicar isso porque, como você sabe, esta garrafa --se é que existia-- foi levada para a Alemanha ou outro lugar. Então, algo que poderia ter se tornado evidência de um envenenamento, infelizmente foi retirado. Isso (levanta) uma pergunta adicional: por quê?", disse Peskov.

"Há muito absurdo nesta história para aceitar a palavra de alguém como um fato", acrescentou.

A Rússia informou que precisa ver mais evidências antes que uma investigação criminal formal seja aberta no caso Navalny e pediu à Alemanha que entregasse os dados médicos de Navalny para que pudessem ser revisados.

Os aliados de Navalny disseram que uma investigação adequada do caso mostrará que o Kremlin, o presidente Vladimir Putin e os serviços de segurança russos são responsáveis por envenenar o político.

O Kremlin considerou a acusação infundada, dizendo que não faria sentido envenenar Navalny e depois permitir que ele viajasse para tratamento médico em outro país onde o veneno seria detectado.

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