PUBLICIDADE

Mundo

Júri da Virgínia quer prisão perpétua de neonazista que matou manifestante

11 dez 2018 - 21h34
Compartilhar
Exibir comentários

Um júri da Virgínia sentenciou à prisão perpétua na terça-feira um autodenominado neonazista que matou uma mulher quando jogou seu carro contra uma multidão que protestava por dois dias contra manifestações de supremacia branca na cidade de Charlottesville.

James Alex Fields Jr. em Charlottesville
 12/8/2017  Divulgação
James Alex Fields Jr. em Charlottesville 12/8/2017 Divulgação
Foto: Reuters

O júri de Charlottesville, do Estado norte-americano da Virgínia, pediu a um juiz que condenasse James Fields, 21, para a prisão pelo resto da vida quatro dias depois de considerá-lo culpado de homicídio em primeiro grau e nove outros crimes por matar Heather Heyer, 32, e ferir 19 pessoas depois do ato "Unir a Direita", em agosto de 2017.

O evento provou ser um momento crítico na ascensão da "alt-right", um alinhamento de grupos marginais centrados no nacionalismo branco e encorajados pela vitória presidencial do presidente Donald Trump em 2016.

Trump foi criticado pela esquerda e pela direita por inicialmente dizer que havia "pessoas boas de ambos os lados" numa disputa entre neonazistas e seus oponentes. Atos subsequentes da "alt-right" não conseguiram atrair a multidão de centenas de pessoas que se reuniram em Charlottesville.

Fields sentou-se impassível, vestindo um suéter azul claro e óculos de aro preto, durante a sentença de terça-feira.

O juiz Richard Moore disse que decidirá se aceita a recomendação do júri em 29 de março. Além prisão perpétua pelo assassinato, o júri sugeriu um total de 419 anos de prisão pelos nove outros crimes dos quais Fields foi condenado.

A mãe de Heyer, Susan Bro, disse aos jurados na segunda-feira que a mensagem de tolerância de sua filha continuaria viva.

Os advogados de Fields, que não falaram com repórteres depois da sessão desta terça, nunca contestaram que Fields acelerou seu Dodge Charger contra um grupo de manifestantes. Os advogados sugeriram que ele se sentiu intimidado por uma multidão hostil e agiu para se proteger.

Ele também enfrenta acusações federais de crimes de ódio, que podem condená-lo à morte. Ele se declarou inocente nesse caso.

Reuters Reuters - Esta publicação inclusive informação e dados são de propriedade intelectual de Reuters. Fica expresamente proibido seu uso ou de seu nome sem a prévia autorização de Reuters. Todos os direitos reservados.
Compartilhar
Publicidade
Publicidade