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Juíza se recusa a rejeitar acusação de lavagem de dinheiro de ex-chefe da campanha de Trump

22 jun 2018 - 20h59
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Uma juíza federal deu outro golpe nesta sexta-feira em Paul Manafort, ex-chefe de campanha do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se recusando a rejeitar uma acusação de lavagem de dinheiro apresentada contra ele pelo procurador especial Robert Mueller.

A decisão da juíza distrital dos EUA Amy Berman Jackson é o revés mais recente para Manafort, cujas acusações surgiram da investigação em andamento de Mueller sobre o papel da Rússia na eleição presidencial norte-americana de 2016. Jackson ordenou há uma semana a prisão de Manafort, pendendo julgamento, após Mueller apresentar novas acusações contra ele por suposta interferência com testemunhas enquanto ele estava sob prisão domiciliar.

Manafort enfrenta acusações separadas em Washington e na Virgínia, com acusações variando de conspiração para lavagem de dinheiro e falha em se registrar como um agente estrangeiro para o antigo governo ucraniano pró-Rússia, a fraude fiscal e bancária.

Ele se declarou inocente das acusações, nenhuma delas relacionadas ao seu trabalho na campanha de Trump em 2016. Seu julgamento em Washington deve começar em setembro e seu julgamento na Virgínia em julho.

Mueller, cuja investigação pode ameaçar a Presidência de Trump, está investigando se a campanha de 2016 do presidente conspirou com a Rússia e se Trump buscou ilegalmente obstruir a investigação envolvendo a Rússia. Trump chamou a investigação de Mueller de caça às bruxas e negou conluio.

A acusação de lavagem de dinheiro está entre as mais sérias que Manafort enfrenta, à medida que possui penas mais duras e submete ele a confisco de bens. Acusações de lavagem de dinheiro apresentadas contra um réu devem ser atreladas a uma ofensa criminal subjacente, como suborno ou fraude bancária.

Procuradores disseram que Manafort lavou rendimentos ilegais que gerou fazendo lobby para a Ucrânia sem se registrar com o governo dos EUA como um agente estrangeiro, como exigido pela lei.

Os advogados de Manafort chamaram a teoria legal da acusação de lavagem de dinheiro de defeituosa porque não se registrar como um agente estrangeiro não gerou rendimentos financeiros. Seus advogados disseram que a lei em questão não proíbe lobby estrangeiro, ao invés disto proibindo a falha em se registrar como um lobista.

A juíza também rejeitou um pedido dos advogados de Manafort para evitar confisco de bens com base na acusação de lavagem de dinheiro.

"Estas leis não são somente sobre papelada; o objetivo delas é garantir que nenhuma pessoa aja para avançar os interesses de uma autoridade ou governo estrangeiro envolvendo os EUA a não ser que o público tenha sido propriamente notificado de sua aliança", escreveu Jackson.

Um porta-voz de Manafort se negou a comentar a ação de Jackson.

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