PUBLICIDADE

Mundo

Juíza italiana ordena libertação de Puigdemont

24 set 2021 - 11h38
(atualizado às 11h44)
Compartilhar
Exibir comentários

Uma juíza italiana determinou nesta sexta-feira (24) a libertação do ex-presidente da Catalunha Carles Puigdemont, que havia sido preso na ilha da Sardenha na última quinta (23).

Protesto em Bruxelas, capital da Bélgica, contra prisão de Puigdemont na Itália
Protesto em Bruxelas, capital da Bélgica, contra prisão de Puigdemont na Itália
Foto: EPA / Ansa - Brasil

Segundo a magistrada Plinia Azzena, da Corte de Apelação de Sassari, a detenção do líder separatista catalão não foi ilegal, como alega a defesa, mas ainda assim "não há motivo" para aplicar a prisão preventiva neste caso.

Por outro lado, Puigdemont deve permanecer na Sardenha até que a Justiça italiana decida sobre sua extradição para a Espanha.

O ex-presidente da Catalunha havia sido preso logo após desembarcar no aeroporto de Alghero, cidade onde ele participaria de um evento cultural neste fim de semana - o município de 40 mil habitantes tem uma importante herança catalã e é apelidado de "Barcelona sarda".

A prisão ocorreu em função de um mandado de captura internacional emitido pelo Tribunal Supremo da Espanha, que quer processar Puigdemont por sedição e apropriação indébita por conta do plebiscito separatista de outubro de 2017.

Organizada pelo então presidente da Catalunha, a consulta popular culminou em uma declaração unilateral de independência, mas foi considerada ilegítima pelo governo da Espanha, que destituiu a administração local e assumiu o controle da comunidade autônoma.

Em seguida, Puigdemont passou a viver em autoexílio e chegou a ser preso na Alemanha em 2018, mas conseguiu evitar a extradição pelo fato de a Justiça local não ter considerado o crime de sedição no pedido feito pela Espanha.

O ex-presidente catalão é hoje deputado do Parlamento Europeu, mas teve sua imunidade revogada em março passado. Sua prisão havia provocado críticas na Itália, tanto de partidos de esquerda quanto de direita.

O líder ultranacionalista Matteo Salvini, por exemplo, disse que o país não podia se prestar a "vinganças pedidas por outras nações", enquanto o Partido Democrático (PD), de centro-esquerda, afirmou que a polícia infringiu o "direito de livre circulação" de um eurodeputado.  

Ansa - Brasil   
Compartilhar
Publicidade
Publicidade