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Jordânia alega que príncipe conspirou com estrangeiros para desestabilizar o país

4 abr 2021 - 14h53
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O vice-primeiro-ministro da Jordânia, Ayman Safadi, disse neste domingo que o príncipe Hamza, meio-irmão do rei Abdullah e ex-herdeiro do trono, fez contato com organizações estrangeiras em um complô para desestabilizar o país, e que ele já está sob investigação há algum tempo.

No sábado, os militares disseram que emitiram um alerta ao príncipe por conta de ações contra a "segurança e estabilidade" do país aliado dos Estados Unidos. O príncipe Hamza disse posteriormente estar mantido em prisão domiciliar. Várias figuras importantes também foram detidas.

"As investigações monitoram interferências e comunicações com organizações estrangeiras para estabelecer o momento certo para desestabilizar a Jordânia", disse Safadi.

Entre elas, há o caso de uma agência de inteligência estrangeira que contatou a esposa do príncipe Hamza para organizar um avião para o casal deixar a Jordânia, acrescentou.

"As investigações iniciais mostraram que essas atividades e movimentações atingiram um estágio que afetou diretamente a segurança e estabilidade do país, mas sua majestade decidiu que era melhor falar diretamente com o príncipe Hamza, para lidar com isso dentro da família e evitar que o assunto seja explorado", disse.

Os acontecimentos devem abalar a imagem da Jordânia como uma ilha de estabilidade no turbulento Oriente Médio. O rei Abdullah removeu o príncipe Hamza de sua posição como herdeiro do trono em 2004, em manobra que consolidou seu poder.

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