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Itália vai julgar 5 por falso testemunho em caso de Berlusconi

Grupo mentiu em depoimento em processo sobre 'bunga-bunga'

17 jan 2022 - 17h32
(atualizado às 18h05)
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A juíza Rossana De Cristofaro, do Tribunal de Bari, decidiu nesta segunda-feira (17) enviar para julgamento cinco pessoas acusadas de mentir em depoimentos judiciais no famoso caso "Escort", que investigava as denúncias das "festas" do então premiê Silvio Berlusconi.

Caso envolve os famosos 'bunga-bungas' de Berlusconi em 2008 e 2009
Caso envolve os famosos 'bunga-bungas' de Berlusconi em 2008 e 2009
Foto: ANSA / Ansa - Brasil

Vanessa Di Meglio, Sonia Carpentone, Roberta Nigro, Barbara Montereale e Dino Mastromarco terão a primeira audiência em 7 de abril e responderão formalmente por falso testemunho sobre as "noites de sexo" com Berlusconi que teriam ocorrido entre 2008 e 2009 nas residências do político.

Enquanto as quatro mulheres mentiram sobre o tipo de relacionamento que tiveram com Berlusconi, Mastromarco mentiu sobre sua atuação como ex-motorista do empresário Gianpaolo Tarantini, que foi condenado em 2015 a sete anos e 10 meses de prisão por formação de quadrilha e indução e favorecimento à prostituição de 26 garotas levadas para os "bunga-bungas".

As quatro mulheres disseram em depoimentos à Procuradoria do caso "Escort" que não foram recrutadas por Tarantini para se prostituir e negaram que ofereceram "serviços sexuais" em troca de dinheiro, dizendo que a relação com Berlusconi era íntima e sem pagamentos. Algumas até afirmaram que o dinheiro dado pelo então premiê era por "compaixão".

Porém, os investigadores afirmam que tudo é mentira e que elas foram contratadas para irem aos eventos. Uma delas, inclusive, teria conseguido um contrato na Mediaset, a rede de emissoras fundada pelo político.

Já o ex-motorista responderá por mentir "com plena consciência que as mulheres procuradas por Tarantini e levadas para o Palazzo Grazioli se prostituíam em favor" de Berlusconi "do qual conhecia os verdadeiros hábitos sexuais", tendo recebido "grandes somas de dinheiro e outros benefícios do gênero".

Além desse processo, a Procuradoria de Bari também analisa outro caso, dessa vez contra Tarantini, de que ele teria sido pago por Berlusconi para mentir, em ação que também inclui o político e que tem a próxima audiência para 21 de janeiro.

Apesar do líder do Força Itália ter sido citado em todo o caso Escort, ele não foi imputado criminalmente pelo caso, que teve ainda condenada a atriz alemã Sabina Beganovic, que pegou 16 meses de detenção pelos mesmos crimes que Tarantini. .

Ansa - Brasil   
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