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Mundo

Itália se movimenta para produzir vacinas anti-Covid

Campanha no país está atrasada devido a problemas nas entregas

22 fev 2021 - 12h05
(atualizado às 12h23)
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Com sua campanha de vacinação atrasada devido a problemas na logística da indústria farmacêutica, o governo da Itália vai reunir empresas do setor para discutir a possibilidade de produzir imunizantes anti-Covid no país.

Vacinação contra o novo coronavírus em Milão, norte da Itália
Vacinação contra o novo coronavírus em Milão, norte da Itália
Foto: ANSA / Ansa - Brasil

A notícia chega após a AstraZeneca ter entregado na semana passada uma quantidade de doses da vacina de Oxford 10% menor do que o previsto no cronograma. Antes disso, Pfizer e Moderna, além da própria AZ, já haviam registrado atrasos na distribuição.

Em entrevista à ANSA, Massimo Scaccabarozzi, presidente da associação Farmindustria, que reúne as indústrias farmacêuticas na Itália, disse nesta segunda-feira (22) que as empresas já foram contatadas pelo ministro do Desenvolvimento Econômico, Giancarlo Giorgetti, do partido de ultradireita Liga.

Segundo Scaccabarozzi, o objetivo do contato foi discutir a "possibilidade de produzir vacinas anti-Covid na Itália". "Agora estamos fazendo uma avaliação entre as empresas associadas para ver quem tem máquinas adequadas para eventualmente participar da produção", afirmou o presidente da Farmindustria, que se reunirá com Giorgetti na quinta-feira (25).

De acordo com ele, no entanto, seriam necessários de quatro a seis meses para o início da fabricação das vacinas. A União Europeia já anunciou que pretende facilitar o licenciamento para permitir a produção por outras empresas das fórmulas já aprovadas no bloco.

Até o momento, estão em circulação na UE os imunizantes da AstraZeneca, Pfizer e Moderna, mas as três empresas apresentaram problemas na produção e no cumprimento do cronograma de entregas.

Em cerca de dois meses de campanha de vacinação contra a Covid-19, a Itália já aplicou 3,5 milhões de doses, sendo que 1,33 milhão de pessoas já receberam as duas necessárias, o equivalente a pouco mais de 2% da população nacional.   

Ansa - Brasil   
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