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Itália retoma consulta para governo, mas impasse permanece

Mattarella recebe líderes do M5S, Liga e Partido Democrático

7 mai 2018 - 08h14
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O presidente da Itália, Sergio Mattarella, iniciou nesta segunda-feira (7) mais uma rodada de negociações na tentativa de formar um novo governo para o país, mas pelo que tudo indica o impasse entre as partes deve permanecer.

Luigi Di Maio, líder do antissistema Movimento 5 Estrelas (M5S), partido mais votado nas eleições de 4 de março, aceitou apoiar um terceiro nome para o cargo de primeiro-ministro. No entanto, Matteo Salvini diz estar pronto para formar um governo de centro-direita e tenta assumir o posto propondo ir à procura de votos para obter a maioria no Parlamento.

"Nós temos oferecido ao presidente a minha vontade de dar vida a um governo de centro-direita que começa a resolver todos os problemas do país. Confiamos que o presidente nos dará a oportunidade de encontrar uma maioria que esperamos encontrar no Parlamento", ressaltou Salvini.

O terceiro dia de consultas teve início nesta manhã com a presença da delegação do M5S, composta por Di Maio e pelas lideranças do grupo e do Senado, Giulia Grillo e Danilo Toninelli, respectivamente.

Na ocasião, o líder antissistema reiterou o "não" do M5S a um governo técnico. "O político ou o retorno ao voto, eu disse claramente, mas a Liga já sabia que estou disponível para escolher um terceiro premier com Salvini. Eu nunca fui o impedimento para assinar o contrato do governo", explicou.

Segundo Di Maio, "se houver boa vontade, um governo político ainda é possível", pois "a novidade é que estamos dispostos a encontrar um presidente do Conselho juntos. Se elegemos cargos institucionais é bom que eles continuem a tomar posições institucionais".

As condições de Di Maio são que o primeiro-ministro se comprometa com a revogação da reforma previdenciária italiana - pleito antigo de Salvini - e com a aprovação da renda de cidadania e de uma lei anticorrupção.

No entanto, ele mantém o veto a Silvio Berlusconi, presidente do partido Força Itália (FI) e aliado da Liga na coalizão de direita, que tem sido o principal entrave nas negociações entre M5S e Liga, já que o partido antissistema se recusa a governar a seu lado.

O atual primeiro-ministro, Paolo Gentiloni, por sua vez, não descartou a possibilidade de continuar seu mandato enquanto aguarda um possível retorno às urnas, hipótese que é rechaçada por Mattarella, pois não mudaria a maioria parlamentar.

Nesta segunda, o presidente da Itália ainda receberá uma delegação do Partido Democrático e os presidentes da Câmara e Senado.

Ansa - Brasil   
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