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Itália recebeu mais de 14 mil migrantes desde o início de 2020

Ministra do Interior disse que houve 'boom' de chegadas em julho

10 ago 2020 - 18h09
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A ministra do Interior da Itália, Luciana Lamorgese, afirmou nesta segunda-feira (10) que mais de 14 mil migrantes chegaram no país desde o início do ano, com um boom de desembarques registrado em julho.

    Segundo a política italiana, o que elevou o número de chegadas no mês passado foi a crise política e econômica que atinge a Tunísia. "Pessoas que nunca teriam pensado em deixar seu país se aventuraram na nossa costa", afirmou Lamorgese, durante entrevista em um festival em Santa Severa.

    A Itália tem visto uma intensificação do fluxo migratório no Mediterrâneo Central, especialmente a partir do território tunisiano, que fica a 100 quilômetros em linha reta da ilha de Lampedusa, principal porta de entrada para deslocados internacionais no país europeu.

    De acordo com o governo, foram 14.438 migrantes acolhidos desde janeiro de 2020, aumento de 268% na comparação com o mesmo período de 2019.

    Lamorgese explicou que tem tomada todas as medidas possíveis para administrar as chegadas de emergência neste momento de pandemia.

    "Procuramos organizar tudo para evitar contágios e tentar isolar os positivos, tendo em conta que as comunidades não os aceitam.

    E com Covid complica ainda mais", explicou a ministra à Marco Tarquinio, diretor do Avvenire.

    Na semana passada, o primeiro-ministro da Itália, Giuseppe Conte, endureceu o discurso sobre a crise migratória e humanitária e afirmou que não irá tolerar que pessoas entrem no país "de modo irregular".

    O governo trabalha em um novo decreto sobre imigração e, segundo Lamorgese, só falta um parecer da Associação Nacional das Prefeituras Italianas (Anci) porque o sistema de acolhimento mudará um pouco.

    "Os centros de acolhimento terão de ser geridos pelos municípios. Espero poder enviar os textos para o Palazzo Chigi, [sede do governo], em meados de agosto, para depois ser discutido em setembro", explicou.

    No novo decreto de imigração foi incorporado "todas as observações que tinham sido feitas pela Presidência da República", além de conter mudanças no "sistema de acolhimento também para os requerentes de asilo, para os que entrem no circuito recepção idêntica ao que hoje está reservada aos titulares de proteção humanitária, voltando um pouco ao que era antes".

Ansa - Brasil   
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