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Itália libera navio de resgate de migrantes preso na Sicília

Decisão foi tomada pelo procurador-geral de Agrigento hoje (1)

1 jun 2019 - 12h44
(atualizado às 13h46)
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Um navio de resgate de imigrantes da ONG alemã Sea Watch, apreendido no mês passado por promotores italianos como parte de uma investigação sobre imigração ilegal, foi libertado e autorizado a navegar neste sábado (1). A decisão foi tomada pelo procurador-geral de Agrigento, Salvatore Vella, e pela promotora Cecilia Baravelli.

Itália libera navio de resgate de migrantes preso na Sicília
Itália libera navio de resgate de migrantes preso na Sicília
Foto: ANSA / Ansa - Brasil

    "Acabamos de receber a notícia oficial de que nosso navio não está mais confiscado e pode voltar ao serviço", disse a Sea Watch através de sua conta no Twitter.

    Em maio, o navio Sea Watch 3 resgatou 65 migrantes na costa da Líbia, mas inicialmente o desembarque foi barrado pelo ministro do Interior e vice-premier da Itália, Matteo Salvini, que afirmou que seus portos estavam fechados. Após polêmica, os migrantes finalmente puderam desembarcar em Lampedusa e, desde então, o navio permaneceu apreendido no porto da cidade siciliana de Licata.

    Na ocasião, o resgate enfureceu Salvini, cuja popularidade subiu principalmente por endurecer a política migratória da Itália.

    "Felizmente, a constituição do Judiciário italiano é mais do que um ministro", disse o porta-voz da Sea Watch, Ruben Neugebauer.

    A decisão do ministro italiano de impedir o desembarque de migrantes resgatados no mar já lhe rendeu duas investigações por sequestro e abuso de poder, uma delas envolvendo a própria Sea Watch.

    Na última quinta-feira (30), uma navio da Marinha Militar da Itália resgatou 100 imigrantes que estavam à deriva em um bote inflável na costa da Líbia, no Mediterrâneo Central, após a piora das condições climáticas. As pessoas devem ser levadas ao porto de Gênova neste domingo (2).

    Salvini, por sua vez, afirmou hoje que espera ter acordos com países europeus e com o Vaticano para acolher esses migrantes de forma que "não haja nenhum às custas e despesas dos italianos".

Ansa - Brasil   
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