Itália expulsa albanesa por recrutar mulheres para EI
Arta Kacabuni encaminhava pessoas para combaterem na Síria
Uma albanesa de 44 anos, Arta Kacabuni, foi expulsa da Itália nesta terça-feira (16) por associação com o terrorismo.
Ela atuava como recrutadora para o grupo jihadista Estado Islâmico (EI) e encaminhava mulheres para combaterem na Síria. Também conhecida como "Anila", a mulher residia na Itália desde 2003, na província de Grosseto.
A expulsão foi justificada por motivos de "segurança do Estado". Os investigadores consideraram Kacabuni uma figura "relevante", seja pelos contatos que tinha, seja pelo trabalho de recrutamento e encaminhamento de mulheres à Síria.
Seu irmão já havia sido expulso em maio deste ano pelos mesmos motivos. A albanesa contribuiu com o percurso de radicalização de Maria Giulia Sergio, combatente italiana que viajou à Síria em 2014, adotou o nome de batalha "Fatima" e, junto de seu marido, Aldo Kobuzi, se aliou ao EI.
Depois de trabalhar com Fatima, Kacabuni convenceu outras mulheres de sua família a irem para a Síria. Segundo os investigadores, ela também comemorou os atentados de 13 de novembro de 2015, em Paris. Depois de ter sido condenada em primeiro grau, Kacabuni foi imediatamente expulsa da Itália, com um voo partindo de Fiumicino, em Roma.
Com isso, o país já contabiliza 105 expulsões por ligações com o terrorismo desde o início do ano.