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Itália exige teste de Covid para viajantes da China

Medida foi formalizada nesta quarta-feira (28)

28 dez 2022 - 12h28
(atualizado às 12h37)
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A Itália ordenou nesta quarta-feira (28) a realização de teste obrigatório para Covid-19 em todos os passageiros provenientes da China, país que vive uma explosão dos casos e vai liberar viajantes internacionais de quarentena a partir de 8 de janeiro.

Chineses no Aeroporto Internacional de Fiumicino, em foto de arquivo
Chineses no Aeroporto Internacional de Fiumicino, em foto de arquivo
Foto: EPA / Ansa - Brasil

Segundo o ministro da Saúde, Orazio Schillaci, trata-se de uma ação "indispensável" para garantir a "identificação de eventuais variantes do vírus e tutelar a população italiana".

O mesmo Schillaci havia dito horas antes que ainda estava avaliando a exigência de teste, mas ele decidiu confirmar a medida após o governo da região do Lazio ter anunciado a realização de exame compulsório nos passageiros de todos os voos provenientes da China no Aeroporto de Fiumicino, o mais movimentado da Itália.

A mesma diretriz já foi adotada no Aeroporto de Malpensa, nos arredores de Milão, onde quase metade dos viajantes originários da China testou positivo para Covid na última segunda-feira (26).

"No primeiro voo, foram 35 casos entre 92 passageiros [38%]; no segundo, 62 de 120 [52%]", disse o secretário de Saúde da Lombardia, Guido Bertolaso, nesta quarta.

Já o Instituto Lazzaro Spallanzani, hospital de Roma que é referência no combate a doenças infecciosas, afirmou que a falta de transparência nos dados da China cria "temores na comunidade internacional e científica".

"O medo é de que, em um país com elevado percentual de não vacinados e onde foram utilizadas vacinas pouco eficazes, um crescimento exponencial dos contágios possa gerar uma nova variante muito mais imunoevasiva e transmissível", destacou o instituto.

Desde o início de dezembro, a China vem relaxando sua política de "Covid zero", que promovia testagens em massa e isolamentos de bairros e até cidades inteiras ao mínimo sinal de crescimento nos casos.

Isso provocou uma disparada dos contágios e até falta de suprimentos em hospitais. Ainda assim, a Comissão Nacional de Saúde parou de divulgar dados diários sobre a pandemia, dificultando a avaliação sobre o real estado da situação sanitária no país.

Ansa - Brasil   
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