Itália estuda proibir festas e atividades esportivas por Covid
Decreto deve ser finalizado pelo governo nesta segunda (12)
O governo italiano debate neste domingo (11) uma série de medidas contra a pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2) para anunciar um novo decreto em âmbito nacional.
Segundo fontes oficiais, o documento prevê uma limitação de pessoas para participarem de festas particulares, incluindo as realizadas em residências, e a suspensão das atividades esportivas, como o futebol.
Além disso, a vida noturna terá regras mais rigorosas, com a proibição de venda de bebidas alcoólicas após às 22 horas e alteração no horário de funcionamento dos estabelecimentos.
A possível redução da capacidade máxima de pessoas nos meios de transporte também está sendo analisada, passando dos atuais 80% para 50%. O esboço ainda prevê que 70% dos funcionários da Administração Pública sejam mantidos em home office.
Apesar das informações terem sido reveladas, o Ministério da Saúde afirmou neste domingo (11) que o texto com as medidas é "fake news".
A expectativa é de que um novo decreto seja lançado nesta segunda-feira(12), após uma nova reunião entre o governo nacional e as regiões.
Nos últimos dias, os novos dados sobre a pandemia têm gerado preocupação, o que também fez o ministro da Saúde, Roberto Speranza, convocar uma reunião emergencial com a comissão técnico-científica sobre novas medidas de contenção.
"Os próximos meses serão difíceis mesmo que não sejamos como outros países europeus, como França, Reino Unidop e Espanha, que têm muito mais casos todos os dias. Mas a circulação do vírus ainda é significativa, então temos que aumentar o nível de guarda", afirmou Speranza.
No encontro ficou decidido que não será mais necessário as pessoas contaminadas realizarem dois testes swab para confirmar o fim da quarentena após o primeiro exame ter resultado negativo.
Desta forma, apenas um diagnóstico negativo será necessário para "liberar" os pacientes da Covid-19. A decisão foi tomada para reduzir imediatamente a forte pressão sobre o sistema nacional de saúde e para possibilitar a realização dos testes em mais pessoas.
Além disso, o comitê decidiu reduzir o período de quarentena de 14 para 10 dias.