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Itália estuda estender vacina da AstraZeneca para menores de 60 anos

Objetivo seria acelerar campanha de imunização do país

3 mai 2021 - 08h11
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O governo da Itália avalia a possibilidade de estender a aplicação da vacina anti-Covid da AstraZeneca para pessoas com menos de 60 anos de idade.

General Francesco Figliuolo durante inauguração de centro de vacinação em Roma
General Francesco Figliuolo durante inauguração de centro de vacinação em Roma
Foto: ANSA / Ansa - Brasil

A informação foi revelada nesta segunda-feira (3) pelo coordenador das ações do governo de combate à pandemia, general Francesco Figliuolo, na inauguração de um centro de imunização em Roma.

"A vacina da AstraZeneca é aconselhável para determinadas classes, mas a EMA [Agência Europeia de Medicamentos] diz que ela pode ser aplicada em todos. Há efeitos colaterais, porém são infinitesimais. Se não usarmos todas as vacinas, o ritmo da campanha não atingirá os objetivos nos prazos programados", declarou Figliuolo.

Segundo o general, a possível ampliação do uso da fórmula da AstraZeneca está sendo discutida com o Instituto Superior da Saúde (ISS), órgão técnico-científico do governo, e com especialistas técnicos da Agência Italiana de Medicamentos (Aifa).

Inicialmente, a vacina da AstraZeneca era usada na Itália apenas em pessoas com menos de 65 anos devido à falta de dados sobre sua eficácia em idosos. No início de março, no entanto, o país seguiu a recomendação de vizinhos europeus e estendeu o imunizante para todas as faixas etárias.

Contudo, um mês depois, as autoridades sanitárias italianas recomendaram o uso preferencial da vacina em maiores de 60 anos por causa do surgimento de casos graves de trombose aliada a baixa contagem de plaquetas em não-idosos.

Esse tipo de evento é bastante incomum, tanto que a EMA não recomendou nenhuma restrição para a fórmula da AstraZeneca, alegando que os benefícios do produto superam os riscos.

Até o momento, quase 21 milhões de vacinas anti-Covid já foram aplicadas na Itália, sendo que 6,25 milhões de pessoas - 10,5% da população nacional - já tomaram as duas doses da AstraZeneca, da Pfizer ou da Moderna ou a dose única da Janssen e completaram o ciclo de imunização.

O objetivo do governo é vacinar 60% da população até o fim de julho.

Ansa - Brasil   
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