Itália enviará militares para monitorar centro de migrantes
Medida foi tomada após descoberta de casos de Covid em Pozzallo
Cerca de 90 militares italianos serão enviados no início da semana que vem para monitorar um centro de registro e acolhimento de migrantes e refugiados na cidade de Pozzallo, situada na ilha da Sicília, sul do país.
A decisão foi tomada pela prefeita da Província de Ragusa, Filippina Cocuzza, após a detecção de 73 casos positivos do coronavírus Sars-CoV-2 no local. Os militares do Exército devem chegar a Pozzallo na próxima segunda-feira (17), com o objetivo de evitar violações da quarentena imposta aos infectados.
Nas últimas semanas, a Itália registrou diversas tentativas de rompimento de cordões sanitários em centros de migrantes e refugiados com casos de coronavírus, inclusive em Pozzallo. Em alguns casos, as ações foram motivadas por rumores sobre repatriações para os países de origem; em outros, pelo temor dos deslocados internacionais de perderem seus empregos.
"Pozzallo acolheu e continuará fazendo isso, mas é preciso encontrar um equilíbrio que proteja os migrantes, mas que também permita que turistas e residentes continuem suas atividades cotidianas", declarou o prefeito da cidade, Roberto Ammatuna, de centro-esquerda.