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Mundo

Itália entra em alerta por casos de vírus do Nilo Ocidental

Em sete dias, país teve alta de 53% no número de contágios

12 ago 2022 - 14h47
(atualizado às 15h06)
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A Itália entrou em alerta por conta do aumento de casos provocados pelo vírus do Nilo Ocidental, transmitido por mosquitos, após um aumento de 53% de contágios em apenas sete dias. São 144 os diagnósticos positivos, com 11 mortes contabilizadas desde o mês de junho.

Casos positivos do vírus do Nilo Ocidental aumentam na Itália
Casos positivos do vírus do Nilo Ocidental aumentam na Itália
Foto: EPA / Ansa - Brasil

O Ministério da Saúde informou que está monitorando a situação de maneira atenta. Porém, ressalta que os casos fatais são raríssimos.

"É preciso adotar todas as medidas úteis para limitar o risco de novas transmissões aos homens e aos animais [a partir] da notificação rápida de todos os casos possíveis e confirmados da doença neuroinvasiva humana", diz a circular da pasta.

Segundo o Ministério, o aumento nos casos "faz com que seja mantido um monitoramento próximo e o reconhecimento precoce das novas infecções e, sobretudo, indica a necessidade de agir o mais rápido possível em ações de prevenção no território".

"Todavia, precisamos esclarecer que não estamos falando de uma doença grave como a Covid-19. Nesse caso, a primeira precaução é se proteger dos mosquitos, que são os vetores-portadores do vírus", acrescentou.

A doença provocada pelo vírus, a febre do Nilo Ocidental, está em mais evidência no norte do país, sendo que as mortes foram registradas no Vêneto (6), em Piemonte (2), na Lombardia (2) e na Emilia-Romagna (1). Dos 144 casos confirmados, 87 manifestaram sintomas neuroinvasivos e 33 tiveram febre.

O vírus do Nilo Ocidental é transmitido por meio de picadas de mosquitos infectados, principalmente, os do gênero Culex. Eles têm como hospedeiros naturais algumas espécies de aves silvestres, que acabam atuando como "amplificadoras" do vírus.

O problema é endêmico em algumas partes da África, na bacia do Rio Nilo, mas casos pontuais da doença têm sido detectados na Europa e até nas Américas. Raríssimos são os casos em que o vírus é transmitido de outras formas, como transfusões de sangue, transplantes de órgãos ou de mãe para filho durante a gravidez. Não existe vacina contra a doença.

A grande maioria dos casos não é letal e estima-se que em menos de 1% das pessoas tenham problemas neurológicos graves - menor ainda é o número de vítimas. Além disso, a maior parte dos óbitos costumam ser de idosos e com doenças pré-existentes. Os principais sintomas são febre aguda e mal-estar, anorexia, náusea e dores no corpo.

De acordo com o Ministério da Saúde, a vigilância também analisou a presença do vírus nos animais e 121 mosquitos capturados nas regiões de Friuli Veneza Giulia, Piemonte, Emilia-Romagna e Lombardia deram positivo. Identificados também 41 pássaros positivos e seis focos da doença entre equídeos.

Vírus usutu 

Além do vírus do Nilo Ocidental, o governo italiano também confirmou os dois primeiros casos de infecção humana do vírus Usutu, um arbovírus muito semelhante ao do Nilo Ocidental.

Os dois contágios foram na região de Friuli Veneza Giulia e as pessoas estão assintomáticas.

Também nesse caso, desde o início de junho, foram detectados 58 mosquitos e sete pássaros com o vírus na Emilia-Romagna, Lombardia, Marcas, Friuli Veneza Giulia, Úmbria, Toscana, Lazio e Vêneto. .

Ansa - Brasil   
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