Itália destina 3,5 bi de euros para segurar preço da energia
Pacote foi aprovado pelo governo nesta quinta-feira
O governo da Itália aprovou nesta quinta-feira (23) um decreto-lei para conter o aumento do preço da energia no país.
A medida chega uma semana depois de o ministro da Transição Ecológica, Roberto Cingolani, ter dito que as contas de luz e gás poderiam subir até 40% no quarto trimestre de 2021.
Esse componente já registrou alta de 19,8% em agosto passado, na comparação com o mesmo mês do ano anterior, o que fez a inflação no período bater em 2%, maior índice mensal desde janeiro de 2013.
O decreto-lei do governo de Mario Draghi reduz para 5% até dezembro o Imposto sobre Valor Agregado (IVA) para usuários de gás natural (hoje a alíquota varia entre 10% para famílias e 22% para empresas) e zera as onerações do sistema.
Além disso, o texto congela os aumentos nas contas de energia elétrica das pessoas já beneficiadas por um bônus voltado a cidadãos de baixa renda, o que deve beneficiar cerca de 3 milhões de famílias - a mesma medida valerá para as 2,5 milhões de famílias que recebem bônus na conta de gás.
Entre outubro e dezembro, o governo também vai zerar as onerações no sistema elétrico para 6 milhões de pequenas empresas e cerca de 29 milhões de clientes domésticos. O pacote de medidas totaliza cerca de 3,5 bilhões de euros.
"O aumento nas contas de luz e gás deve totalizar 9 bilhões de euros [no quarto trimestre], e o governo empenhará 3,5 bilhões para ajudar as famílias", declarou Cingolani à emissora La7, acrescentando que os últimos três meses do ano serão um período de "mitigação".