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Itália começa a testar possível vacina contra Covid-19 em voluntários

24 ago 2020 - 11h06
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A Itália iniciou testes de uma candidata a vacina contra Covid-19 em humanos nesta segunda-feira, juntando-se a um esforço global em busca de uma reação ao vírus, que deu sinais de estar ressurgindo na Europa.

Funcionário do Hospital Lazzaro Spallanzani, em Roma
24/8/ 2020 REUTERS/Yara Nardi
Funcionário do Hospital Lazzaro Spallanzani, em Roma 24/8/ 2020 REUTERS/Yara Nardi
Foto: Reuters

O Instituto Lazzaro Spallanzani, um hospital de Roma especializado em doenças infecciosas, realizará testes com 90 voluntários nas próximas semanas na esperança de que uma vacina esteja disponível até a primavera local do ano que vem.

Francesco Vaia, diretor de saúde do hospital Spallanzani, disse à Reuters que o primeiro paciente será monitorado durante quatro horas antes de poder voltar para casa, onde será mantido em observação durante 12 semanas.

"Veremos se ele apresenta algum efeito colateral e se produz anticorpos neutralizadores", disse Vaia, acrescentando que a segunda fase dos teste acontecerá em países com taxas de infecção mais altas, como México e Brasil.

"Se conseguirmos ser rápidos, teremos as primeiras vacinas no mercado na próxima primavera", acrescentou Vaia.

A vacina em potencial, chamada GRAd-COV2, foi desenvolvida pela ReiThera, uma empresa sediada em Roma. A região de Lazio, no entorno da capital italiana, informou em um comunicado que testes iniciais, inclusive em animais, deram resultados positivos.

Várias vacinas em potencial estão passando por testes em diversos países, como Índia, Reino Unido, Rússia e China, enquanto cientistas correm para desvendar os segredos de um vírus que surgiu menos de um ano atrás.

"As mentes e pesquisas de nosso país estão a serviço do desafio global de derrotar a Covid", escreveu o ministro da Saúde, Roberto Speranza, no Facebook ao anunciar o início do teste.

A Itália, que soma mais de 35 mil mortes e é uma das nações europeias mais atingidas, viu a epidemia atingir seu pico entre março e abril e depois aparentemente recuar, mas desde então testemunhou uma disparada de casos novos - mais de mil foram registrados no sábado e no domingo.

Outros países da Europa viram aumentos ainda maiores depois do relaxamento das restrições severas e das medidas de distanciamento social impostas no começo do ano.

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