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Itália busca contatos de 'paciente zero' da variante Ômicron

Homem contraiu vírus após viagem a trabalho para Moçambique

28 nov 2021 - 15h59
(atualizado às 16h12)
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As autoridades sanitárias da Itália testaram os 133 passageiros de um voo proveniente da África do Sul e que aterrissou no Aeroporto de Fiumicino, nos arredores de Roma, em 11 de novembro.

Movimentação no Aeroporto de Fiumicino, o mais movimentado da Itália
Movimentação no Aeroporto de Fiumicino, o mais movimentado da Itália
Foto: ANSA / Ansa - Brasil

Foi nesse avião que viajou o primeiro caso confirmado da variante Ômicron no país europeu, um italiano funcionário da empresa de petróleo ENI e que havia ido a trabalho para Moçambique, nação vizinha à África do Sul.

Os resultados dos exames PCR nos outros passageiros ainda não saíram, mas as autoridades sanitárias da região do Lazio já planejam sequenciar o genoma do coronavírus em eventuais casos positivos.

Inicialmente, jornais italianos divulgaram que o "paciente zero" da Ômicron no país havia viajado de Moçambique a Milão, mas seu roteiro teve algumas paradas a mais.

Apesar de realmente ter viajado a Moçambique, o executivo da ENI embarcou para a Itália na África do Sul e chegou em seu país em 12 de novembro. Após desembarcar em Fiumicino, passou alguns dias com a família em Caserta, na região da Campânia, onde vive com a esposa, dois filhos e os sogros, cujas idades vão de oito a 81 anos.

Em 15 de novembro, viajou de avião de Nápoles para Milão, onde realizou, no dia seguinte, um exame médico programado pela ENI, incluindo um teste molecular para Covid-19.

Também em 16 de novembro, voou de Milão para Fiumicino e, de lá, voltaria para Moçambique, mas recebeu a notícia de que havia testado positivo para o novo coronavírus e iniciou o isolamento em sua casa em Caserta.

Exames posteriores confirmaram que a esposa, os filhos e os sogros também se infectaram e, no último sábado (27), o Hospital Sacco, de Milão, concluiu que o funcionário da ENI havia contraído a variante Ômicron.

A partir daí, as autoridades sanitárias iniciaram uma corrida contra o tempo para rastrear todos os contatos do paciente zero desde seu retorno à Itália. Já as turmas de seus dois filhos na escola em Caserta foram postas em quarentena.

A família já estava vacinada contra a Covid, com exceção das crianças, e apresenta apenas sintomas leves. "Eles estão com uma carga viral muito baixa e, no caso dos adultos, isso se deve ao fato de eles terem se vacinado com duas doses", disse o diretor-geral da agência sanitária de Caserta, Ferdinando Russo.

Em entrevista à emissora pública Rai, o paciente zero afirmou estar "satisfeito" por ter se vacinado. "No nosso caso, é notório que a vacina funcionou", acrescentou.

Ansa - Brasil   
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