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Itália aprova decreto de 'emergência' por ponte de Gênova

Viaduto desabou no dia 14 de agosto e deixou 43 mortos

13 set 2018 - 17h06
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O Conselho de Ministros da Itália aprovou nesta quinta-feira (13) um decreto "emergencial" com novas medidas para a reconstrução da Ponte Morandi, em Gênova, que desabou no último dia 14 de agosto, deixando 43 mortos.

    "Adotamos um projeto de lei, em particular sobre a concretude das administrações públicas contra o absenteísmo e o decreto sobre emergências", afirmou o primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, em uma coletiva de imprensa no Palazzo Chigi. A medida estabelece os primeiros socorros aos cidadãos e empresas afetadas pelo desabamento, uma nova agência para o controle de concessionárias e trabalhos de manutenção e reduções de impostos para empresas.

    "O decreto de emergência institui uma agência para segurança das estradas, rodovias e ferrovias, além da obrigação de aplicar sensores simples que permitem monitoramento constante, sete dias por semana, 24 horas por dia de nossa infraestrutura", explicou o ministro de Infraestrutura, Danilo Toninelli.

    Além disso, a medida confia a estatal italiana Fincantieri e a Italferr, empresa de engenharia do Grupo FS Italiane, a construção da nova ponte. "Haverá um extraordinário comissário que terá amplos poderes para permitir que Gênova tenha uma ponte mais bonita e mais nova e um renascimento de sua imagem", afirmou o premier da Itália.

    O nome do comissário ainda não foi indicado. Conte primeiro irá submeter o texto ao governador da Ligúria, Giovanni Toti, e ao prefeito de Gênova, Marco Bucci, para ouvir suas contribuições. Na semana passada, as autoridades de Gênova apresentaram o projeto do novo viaduto que será construído no lugar da Ponte Morandi. A previsão é que a estrutura fique pronta até novembro de 2019. O arquiteto Renzo Piano assina o projeto.

    Desde a tragédia, o Ministério Público de Gênova abriu um inquérito contra 20 pessoas e uma empresa pelo desabamento da Ponte Morandi. Os indivíduos são investigados por múltiplo homicídio culposo, desastre culposo e atentado culposo à segurança dos transportes. Já a concessionária Autostrade per I'Italia responderá por múltiplo homicídio culposo agravado por desrespeito às normas antiacidentes. "É possível que o número de suspeitos aumente", informou o procurador-chefe Francesco Cozzi, ressaltando que os interrogatórios dos membros do comitê técnico do conselho de obras públicas da Ligúria, Piemonte e Valle D'Aosta começarão a partir de amanhã (14).

    Nesta sexta-feira, às 11h36 (horário local), exatamente um mês após o colapso da Ponte Morandi, a cidade de Gênova permanecerá em silêncio para homenagear as 43 vítimas fatais e todos os desalojados.

Ansa - Brasil   
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