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Itália anuncia pacote de 5 bilhões de euros para ajudar empresas

Medida foi anunciada pelo premiê após impor regras anti-Covid

27 out 2020 - 18h35
(atualizado às 18h50)
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O primeiro-ministro da Itália, Giuseppe Conte, anunciou nesta terça-feira (27) um novo pacote de medidas, avaliado em mais de 5 bilhões de euros, para apoiar as empresas atingidas pelas restrições anunciadas recentemente para tentar conter a pandemia do coronavírus Sars-CoV-2.

Medida foi anunciada pelo premiê após impor regras anti-Covid
Medida foi anunciada pelo premiê após impor regras anti-Covid
Foto: ANSA / Ansa - Brasil

O anúncio foi feito pelo premiê italiano durante entrevista coletiva no Palazzo Chigi. Os ministros da Economia, Roberto Gualtieri, e do Desenvolvimento Econômico, Stefano Patuanelli, também estiveram presentes.

As medidas incluem subsídios, incentivos fiscais e fundos adicionais para esquemas de dispensa temporária. Segundo o governo, a quantia é "expressiva". O decreto vale 5,4 bilhões de euros de dívida líquida, com saldo de 6 bilhões a financiar".

Gualtieri explicou que, para restaurantes com até 400 mil euros de volume de negócios, a contribuição será entre 5.173 euros e 25 mil euros. Já para cinemas, entre 5 mil e 30 mil euros. A ajuda para confeitarias e sorveterias será de 150% a mais do que recebiam com o decreto anterior.

O documento ainda destina 2,4 bilhões de euros para setores totalmente fechados, como academias, piscinas, teatros, cinemas, que receberão um valor dobrado do benefício.

Um subsídio de mil euros será fornecido para trabalhadores do turismo, incluindo aqueles com contratos temporários, e do entretenimento, enquanto os motoristas de taxi e proprietários de locadoras também vão receber uma ajuda.

Para as empresas, está ainda previsto uma suspensão das contribuições relativas aos trabalhadores para o mês de novembro. De acordo com a ministra do Trabalho, Nunzia Catalfo, o governo vai garantir para todas mais seis semanas de dispensas que podem ser usadas de 16 de novembro a 31 de janeiro de 2021.

Desde que o governo italiano anunciou regras mais rígidas, incluindo um toque de recolher e uma alteração no horário de funcionamento de bares e restaurantes, centenas de pessoas foram às ruas para protestar contra o "semi-lockdown".

Durante a coletiva de imprensa, Conte explicou que as decisões tomadas pelo governo podem ser "legitimamente criticadas", já que "estamos em uma democracia", mas deixou claro que não fez "escolhas indiscriminadas".

"Para evitar que a curva nos escape, é fundamental reduzir as principais oportunidades de socialização. Só assim podemos descongestionar o transporte público, evitar reuniões, aliviar o sistema de rastreamento. Não encerramos atividades que consideramos menos importantes que outras, não há atividades da Série A e da Série B", acrescentou.

O primeiro-ministro da Itália ainda ressaltou a importância dos cidadãos respeitarem as medidas anunciadas para tentar conter o avanço da doença no país.

"Se respeitarmos essas medidas, temos boas chances de enfrentar dezembro com alguma serenidade, sem um sistema de saúde estressado. Caso contrário, vamos nos encontrar diante da necessidade de um bloqueio, temos que evitá-lo", finalizou. 

Ansa - Brasil   
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