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Israel reabre passagens de Gaza após trégua com palestinos

8 ago 2022 - 09h27
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Israel reabriu as passagens de fronteira para Gaza nesta segunda-feira após um cessar-fogo, mediado pelo Egito, com o grupo militante Jihad Islâmica que encerrou os mais sérios combates em torno do volátil enclave palestino em mais de um ano.

Pelo menos 44 pessoas, incluindo 15 crianças, foram mortas em 56 horas de violência, que começou quando ataques aéreos israelenses atingiram um alto comandante da Jihad Islâmica. Israel disse que sua ação foi uma operação preventiva contra um ataque planejado do grupo apoiado pelo Irã.

Centenas de pessoas ficaram feridas e várias casas foram destruídas na Faixa de Gaza. Militantes palestinos dispararam mais de mil foguetes contra Israel, fazendo com que moradores de áreas do sul e grandes cidades, incluindo Tel Aviv, fossem para abrigos.

Em uma entrevista coletiva transmitida pela estação pró-iraniana Al Mayadeen, após o cessar-fogo na noite de domingo, o líder da Jihad Islâmica, Ziad al-Nakhala, declarou: "Esta é uma vitória".

Mas Israel viu uma degradação significativa das capacidades da Jihad Islâmica.

"Não há dúvida de que a Jihad Islâmica sofreu um sério golpe do qual levará tempo para se recuperar", disse um oficial militar israelense, apontando para a perda de dois comandantes seniores, o que, segundo ele, prejudicará severamente sua capacidade de planejar e realizar operações.

Consciente do perigo de escalada do conflito, Israel teve o cuidado de se concentrar nos alvos da Jihad Islâmica para evitar atrair o Hamas, o grupo militante maior e mais poderoso que governa Gaza, para a luta.

Pouco mais de um ano após uma guerra de 11 dias em maio de 2021 que matou 250 habitantes de Gaza e destruiu a frágil economia da zona, o Hamas ofereceu algum apoio verbal ao seu aliado menor, mas não tomou nenhuma ação contra Israel enquanto os ataques aéreos continuavam.

Nesta segunda-feira, a abertura das passagens de fronteira permitiu a entrada de caminhões de combustível para abastecer a única usina de energia de Gaza e aumentar a disponibilidade de eletricidade, que caiu para cerca de oito horas por dia.

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