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Israel irá aprovar milhares de assentamentos não autorizados na Cisjordânia

13 dez 2018 - 18h19
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Israel vai autorizar milhares de casas de assentamentos construídos ilegalmente na Cisjordânia ocupada, algumas delas décadas atrás, disse o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, nesta quinta-feira.

Assentamento judeu na região da Cisjordânia
 28/10/2014     REUTERS/Ronen Zvulun
Assentamento judeu na região da Cisjordânia 28/10/2014 REUTERS/Ronen Zvulun
Foto: Reuters

A medida deve agradar membros pró-assentamentos da coalizão de direita de Netanyahu, enquanto enfurece os palestinos, que querem que a Cisjordânia seja parte de um futuro Estado. 

"Acertar os direitos para as casas permite que milhares de residentes tenham acesso à infraestrutura de edifícios públicos, religiosos e educacionais", disse o gabinete de Netanyahu em nota. 

Não foi falado em um número específico de residências, mas o ministro da Justiça, Ayelet Shaked, publicou no Twitter que mais de 2 mil casas receberiam licenças. 

Cerca de 500 mil israelenses moram na Cisjordânia e no leste de Jerusalém, áreas que também são os lares de 2,6 milhões de palestinos. 

Assentamentos são uma das questões mais polêmicas nos esforços para reiniciar as negociações de paz entre Israel e palestinos, suspensas desde 2014. 

Em agosto, um tribunal israelense abriu um novo precedente e enfureceu os palestinos ao dar reconhecimento legal à colônia judaica de Mitzpe Kramim, construída sem autorização do governo em terras de propriedade privada palestina na Cisjordânia. 

Palestinos contam com a Cisjordânia para um futuro Estado, além do leste de Jerusalém e da Faixa de Gaza. 

A maioria dos países considera ilegais os assentamentos que Israel construiu em território capturado na guerra de 1967 no Oriente Médio. Israel contesta isso e diz que o futuro deveria ser determinado em conversas de paz com os palestinos. 

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