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Mundo

Israel, Bahrein e Emirados Árabes assinam acordo diplomático

Tratado foi firmado nos EUA e teve mediação de Donald Trump

15 set 2020 - 15h34
(atualizado às 15h58)
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O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, assinou nesta terça-feira (15) um acordo histórico de normalização das relações com os Emirados Árabes Unidos (EAU) e Bahrein, com a mediação do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Em uma cerimônia em Washington, os documentos foram firmados em três vias, nos idiomas inglês, hebraico e árabe, na presença também dos ministros das Relações Exteriores dos Emirados Árabes, Sheikh Abdullah bin Zayed al-Nahyan, e do Bahrein, Abdullatif Al Zayani.

Durante seu discurso, Trump, que considera o acordo uma conquista em sua política externa e um impulso para sua campanha à reeleição à Casa Branca, disse que outras nações árabes vão fechar tratados parecidos.

Já Netanyahu agradeceu e elogiou o republicano por sua "mediação" e por ter "enfrentado com bravura os tiranos do Irã"."Um dia histórico, um novo amanhecer de paz", definiu.

Segundo o israelense, o tratado também pode ser expandido para outros países árabes. "Vocês ouviram do presidente [Trump] que ele está alinhando com mais e mais países. Isso era inimaginável há uns anos".

O ministro das Relações Exteriores dos EAU, por sua vez, aproveitou seu pronunciamento para citar a interrupção da anexação de territórios palestinos.

Em agosto, Israel e EAU já haviam concordado em normalizar as relações bilaterais. Quase um mês depois, o rei do Bahrein, Hamad bin Isa al-Khalifa, anunciou oficialmente um tratado semelhante durante um telefonema com Trump e Netanyahu.

Além dos acordos bilaterais, os três países também assinara um tratado trilateral, batizado de "Acordos de Abraão", em homenagem ao patriarca das três principais religiões monoteístas do mundo.

Palestinos -

Centenas de manifestantes protestaram na Cisjordânia ocupada e na Faixa de Gaza contra os acordos assinados pelos Emirados Árabes Unidos e Bahrein com Israel.

Os palestinos consideram a iniciativa uma "traição" à sua causa. Usando máscaras de proteção contra o novo coronavírus, a multidão se reúne nas cidades de Nablus e Hebron, no norte e no sul da Cisjordânia, e na Cidade de Gaza.

Diversas frases como "Não à normalização com o ocupante israelense", "Os acordos da vergonha" e "Traição" podem ser lidas em alguns cartazes.

Mísseis -

No momento em que Netanyahu participava da cerimônia nos EUA para assinar o acordo diplomático com EAU e Bahrein, diversos alarmes de sistemas antimísseis dispararam em áreas israelenses.

Segundo o porta-voz do Exército de Israel, as sirenes tocaram ao norte da Faixa de Gaza e nas cidades de Ashdod e Ashkelon, onde foram ouvidas algumas explosões.

Ao todo, dois mísseis foram lançados, sendo que um deles foi interceptado pelo Iron Dome, sistema de defesa antimísseis de Israel. Até o momento, de acordo com a imprensa local, pelo menos duas pessoas foram atingidas por estilhaços de vidro e ficaram levemente feridas.

Ansa - Brasil   
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