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Irmã de líder norte-coreano visitará Coreia do Sul durante Olimpíada de Inverno

7 fev 2018 - 08h47
(atualizado às 08h59)
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A irmã de 28 anos do líder da Coreia do Norte, Kim Jong Un, fará sua estreia no palco mundial ao visitar a Coreia do Sul para comparecer à cerimônia de abertura da Olimpíada de Inverno de Pyeongchang na sexta-feira, informou o Ministério da Unificação de Seul.

Kim Yo Jong, irmã do líder norte-coreano, Kim Jong Un, durante cerimônia em Pyongyang, Coreia do Norte 13/04/2017  REUTERS/Damir Sagolj
Kim Yo Jong, irmã do líder norte-coreano, Kim Jong Un, durante cerimônia em Pyongyang, Coreia do Norte 13/04/2017 REUTERS/Damir Sagolj
Foto: Reuters

A Coreia do Norte notificou Seul de que Kim Yo Jong acompanhará Kim Yong Nam, o chefe de Estado nominal da Coreia do Norte, juntamente com Choe Hwi, presidente do Comitê Nacional de Diretriz Esportiva, e Ri Son Gwon, que comandou as conversas intercoreanas na semana passada, segundo o ministério.

A inclusão de Kim Yo Jong na delegação é "significativa", já que ela é não só a irmã do líder do país, mas uma autoridade de primeiro escalão no governista Partido dos Trabalhadores, informou o ministério sul-coreano em um comunicado nesta quarta-feira.

Mas a viagem pode provocar discórdia entre Seul e Washington, já que no ano passado o Departamento do Tesouro norte-americano a incluiu em uma lista negra devido a abusos de direitos humanos e censura, e Choe está proibido de viajar devido a sanções do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU).

Kim Yo Jong é vice-diretora do Departamento de Propaganda da nação, que lida com mensagens de cunho ideológico na mídia, nas artes e na cultura. Choe já trabalhou para a mesma organização.

Kim Yo Jong foi vista na mídia estatal na terça-feira saudando uma trupe de artistas norte-coreanos que desde então partiu para a Coreia do Sul para realizar apresentações durante a Olimpíada.

"Um dos pontos positivos de sua visita é que ela é uma pessoa capaz de enviar uma mensagem direta em nome de Kim Jong Un", disse Shin Beom-chul, professor da Academia Diplomática Nacional da Coreia em Seul.

"O que é problemático é que ela está vindo com Choe Hwi... isso causa o temor de que a Coreia do Norte provavelmente pretenda usar esta Olimpíada como uma ferramenta de propaganda, ao invés de uma possível abertura para um diálogo significativo com a Coreia do Sul".

Um grupo de 280 norte-coreanos chegou à Coreia do Sul nesta quarta-feira, uma das maiores travessias pela fronteira comum em tempos de paz, para torcer por atletas das duas Coreias nos Jogos, que começam na sexta-feira.

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