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Irã testa novo míssil após críticas dos EUA sobre programa de armas

24 set 2017 - 10h15
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O Irã disse no sábado que testou com sucesso um novo míssil balístico com um alcance de 2 mil quilômetros e que continuaria a desenvolver seu arsenal apesar da pressão norte-americana para parar.

Os Estados Unidos impuseram sanções unilaterais contra o Irã, dizendo que seus testes de mísseis violam a resolução da Organização das Nações Unidas (ONU), que obriga Teerã a não realizar atividades relacionadas a mísseis capazes de entregar armas nucleares. O Irã disse que não tem tais planos.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse no Twitter que o teste com míssil ilustra a fraqueza do acordo nuclear alcançado com o Irã por seu antecessor, Barack Obama. Ele também relacionou a ação aos recentes movimentos agressivos da Coreia do Norte.

"O Irã acabou de testar um míssil balístico capaz de chegar a Israel. Eles também estão trabalhando com a Coreia do norte", disse Trump no Twitter. "Não muito acordo que tenhamos!"

O Irã disse em seu anúncio no sábado que o míssil Korramshahr poderia carregar várias ogivas.

A emissora estatal IRIB divulgou imagens do teste do míssel sem apresentar tempo ou local. Incluiu um vídeo de uma câmara de bordo que dizia mostrar o desprendimento do cone que traz múltiplas ogivas.

"Você está vendo imagens de um teste bem-sucedido do míssil balístico Khorramshahr com um alcance de 2 mil km, o último míssil de nosso país", disse a TV estatal, acrescentando que este foi o terceiro míssil iraniano com tal alcance.

O Khorramshahr foi exibido pela primeira vez em uma parada militar na sexta-feira, quando o presidente Hassan Rouhani disse que o Irã iria fortalecer suas capacidades de míssel.

A Grã-Bretanha expressou preocupação sobre o último teste.

"Extremamente preocupados com os relatos sobre o teste de mísseis do Irã, que é inconsistente com a resolução da ONU 2231. Exortamos o Irã a interromper esses atos provocadores", escreveu o secretário de assuntos internacionais britânico, Boris Johnson no Twitter.

A França também disse que estava extremamente preocupada e convocou o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, a fazer um relatório completo sobre o lançamento.

"A França pede que o Irã cesse toda a atividade desestabilizadora na região", disse o porta-voz do ministério de assuntos externos Agnes Romatet-Espagne numa declaração. "(A França) vai discutir com seus parceiros, sobretudo europeus, os meios para obrigar o Irã que cesse as atuividades balíticas desestabilizadoras."

Trump disse na assembleia geral das Nações Unidas na quinta-feira que o Irã estava ampliando sua capacidade de construção de mísseis e acusou o país de exportar violência para o Yemen, Syria e outras partes do meio oeste.

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