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Irã rejeita afirmação de Trump de que Marinha dos EUA derrubou drone "provocador"

19 jul 2019 - 08h34
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O Irã negou nesta sexta-feira a afirmação do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de que a Marinha norte-americana destruiu um drone iraniano, dizendo que nenhum de seus aviões não tripulados está desaparecido, em meio aos receios internacionais de que os dois lados travem uma guerra no Golfo Pérsico.

Modelos iranianos de drone norte-americano RQ-170 que foram usados em exercício militar no Golfo envolvendo dezenas de drones
Agência Tasnim/Divulgação via REUTERS
Modelos iranianos de drone norte-americano RQ-170 que foram usados em exercício militar no Golfo envolvendo dezenas de drones Agência Tasnim/Divulgação via REUTERS
Foto: Reuters

No episódio mais recente a testar os nervos nos arredores da rota marítima estratégica, Trump disse na quinta-feira que o drone chegou a 914 metros de distância do navio de guerra norte-americano Boxer, uma "ação provocadora e hostil", e que ignorou diversos alertas para recuar.

O Irã refutou o relato.

"Todos os drones pertencentes ao Irã no Golfo Pérsico e no Estreito de Hormuz... retornaram em seguranças às suas bases após suas missões de identificação e controle", disse Abolfazl Shekarchi, porta-voz graduado das Forças Armadas, segundo citação da agência de notícias semioficial Tasnim.

"E não existe nenhum relato de alguma reação operacional do USS Boxer".

Uma autoridade dos EUA, que falou sob condição de anonimato, disse que o drone foi abatido na quinta-feira por meio de interferência eletrônica.

As tensões estão altas no Golfo, e há temores de que os EUA e o Irã, seu inimigo de longa data, entrem em guerra precipitadamente. Mas apesar da retórica dura dos dois lados, Washington e Teerã exibiram moderação.

No desdobramento mais recente de um impasse relacionado entre Irã e Reino Unido, a Suprema Corte de Gibraltar concedeu uma prorrogação de 30 dias para as autoridades deterem o navio-petroleiro iraniano Grace 1 até 15 de agosto, noticiou o Gibraltar Chronicle.

O Irã prometeu reagir ao que classifica como "pirataria" britânica devido à apreensão da embarcação.

O navio-tanque foi confiscado no início deste mês por fuzileiros navais reais do Reino Unido no litoral do território mediterrâneo britânico devido à suspeita de que violava sanções contra a Síria.

Os EUA culparam o Irã por uma série de ataques contra embarcações comerciais no Estreito de Hormuz, a maior rota de escoamento de petróleo do mundo, ocorridos desde meados de maio. Teerã rejeita as alegações.

As relações entre os EUA e o Irã pioraram desde o ano passado, quando Trump retirou seu país de um acordo nuclear firmado por potências mundiais e Teerã em 2015. Conforme o pacto, o Irã concordou em restringir suas atividades nucleares em troca da suspensão de sanções.

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