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Irã quer analisar caixas-pretas de avião abatido e diz que ainda não há planos de enviá-las ao exterior

19 jan 2020 - 12h43
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O Irã está tentando examinar as caixas-pretas de um avião ucraniano que seus militares derrubaram neste mês, informou a agência de notícias estatal Irna neste domingo, negando reportagem de que uma decisão foi tomada para enviar os gravadores do avião para a Ucrânia.

Carreata de veículos funerários carregando os corpos de onze vítimas ucranianas do desastre do avião 752 da Ucrânia International Airlines antes de uma cerimônia no Aeroporto Internacional Boryspil, nos arredores de Kiev, Ucrânia
19/01/2020
REUTERS/Valentyn Ogirenko
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rport outside Kiev, Ukraine January 19, 2020. REUTERS/Valentyn Ogirenko
Carreata de veículos funerários carregando os corpos de onze vítimas ucranianas do desastre do avião 752 da Ucrânia International Airlines antes de uma cerimônia no Aeroporto Internacional Boryspil, nos arredores de Kiev, Ucrânia 19/01/2020 REUTERS/Valentyn Ogirenko Enviar com rport outside Kiev, Ukraine January 19, 2020. REUTERS/Valentyn Ogirenko
Foto: Reuters

Todas as 176 pessoas a bordo do avião morreram em 8 de janeiro. O Canadá, que tinha 57 cidadãos a bordo, e outros países que perderam cidadãos disseram que os dados do voo e gravadores de voz devem ser analisados no exterior.

O desastre aéreo aumentou a pressão internacional sobre o Irã, num momento em que o país lida com uma longa disputa com os Estados Unidos sobre seu programa nuclear e sua influência na região que se transformou brevemente em um conflito aberto neste mês.

As Forças Armadas do Irã disseram que derrubaram o voo 752 da Ukraine International Airlines por engano, após ataques de retaliação de Estados Unidos e Irã. Mas as autoridades demoraram a admitir o erro, provocando dias de protestos nas ruas do Irã.

"Estamos tentando ler as caixas-pretas aqui no Irã. Caso contrário, nossas opções são Ucrânia e França, mas ainda não foi tomada nenhuma decisão para enviá-las para outro país", afirmou à Irna o diretor encarregado de investigações de acidentes na Organização de Aviação Civil do Irã, Hassan Rezaifar.

Rezaifar foi citado pela agência semi-oficial de notícias Tasnim do Irã no sábado, dizendo que as caixas-pretas não poderiam ser decodificadas no Irã e seriam enviadas para a Ucrânia após repetidos pedidos de Kiev. A Irna também informou neste domingo que o funcionário fez comentários semelhantes no dia anterior.

Não ficou claro imediatamente o que levou Rezaifar a voltar atrás.

O Boeing 737-800 estava a caminho de Teerã para a capital ucraniana. A maioria das pessoas a bordo era iraniana ou de nacionalidade dupla.

A Ucrânia disse anteriormente que esperava que os gravadores fossem entregues, enquanto o primeiro-ministro canadense Justin Trudeau disse que a França era um dos poucos países com capacidade de ler informações sobre os gravadores.

A agência francesa de acidentes aéreos BEA disse no sábado que estava aguardando um pedido oficial de assistência.

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