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Irá irá retaliar se EUA designarem Guarda Revolucionária como terroristas, dizem parlamentares

7 abr 2019 - 13h49
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O Irá tomará medidas recíprocas contra os Estados Unidos se Washington designar a Guarda Revolucionária Iraniana (IRGC, na sigla em inglês) como terroristas, disse uma maioria de parlamentares iranianos neste domingo, segundo a agência estatal de notícias IRNA.

É esperado que os EUA designem a Guarda Revolucionária como organização terrorista estrangeira, disseram três autoridades norte-americanas à Reuters, marcando a primeira vez em que Washington formalmente rotula o exército de outro país como grupo terrorista.

"Responderemos a qualquer ação tomada contra esta força com ação recíproca", afirmaram 255 dos 290 parlamentares iranianos em uma declaração, segundo a IRNA.

"Então os líderes da América, que são eles mesmos criadores e apoiadores de terroristas na região (do Oriente Médio), irão se arrepender dessa ação inapropriada e idiota".

A decisão dos Estados Unidos, que, segundo alertam críticos, pode expor autoridades do Exército e da inteligência norte-americana a ações similares de governos estrangeiros hostis, deve ser anunciada pelo Departamento de Estado talvez na segunda-feira, disseram autoridades dos EUA na semana passada. Há anos existem rumores sobre a medida.

O ministro das Relações Exteriores do Irã disse neste domingo que autoridades dos EUA que visam designar a Guarda Revolucionária como terrorista querem "arrastar os EUA para um pântano" em nome do premiê israelense, Benjamin Netanyahu.

"Apoiadores de Netanyahu que há muito tempo agitam a designação FTO (Organização Terrorista Estrangeira) da IRGC entendem complemente as consequências para forças dos EUA na região. Aliás, eles buscam arrastar os EUA para um pântano em nome dele", disse Mohammed Javad Zarif no Twitter. "@RealDonaldTrump deveria saber melhor do que ser ludibriado para outro desastre dos EUA."

Israel e Irã são arqui-inimigos no Oriente Médio. Zarif aparentou estar insinuando que classificar a Guarda como terroristas os colocaria em conflito com forças norte-americanas na região.

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