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Irã inicia enriquecimento nuclear em usina subterrânea; AIEA confirma

11 nov 2019 - 19h17
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O Irã começou a enriquecer urânio em sua usina subterrânea de Fordow, a violação mais recente de seu acordo com grandes potências, confirmou a agência nuclear da Organização das Nações Unidas (ONU) nesta segunda-feira, acrescentando que o estoque de urânio enriquecido de Teerã continua a aumentar.

Bandeira do Irã em frente à sede da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), em Viena
09/09/2019
REUTERS/Leonhard Foeger
Bandeira do Irã em frente à sede da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), em Viena 09/09/2019 REUTERS/Leonhard Foeger
Foto: Reuters

O Irã está desrespeitando os limites impostos pelo acordo às suas atividades nucleares passo a passo em reação à saída dos Estados Unidos do pacto no ano passado e à reativação de suas sanções contra Teerã, que diz poder reverter essas violações rapidamente se os Estados Unidos suspenderem suas sanções.

Em um relatório trimestral, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), que policia o acordo, confirmou o anúncio iraniano da semana passada de que começou a enriquecer urânio em sua usina de Fordow, oculta no interior de uma montanha --algo que o pacto proíbe.

"Desde 9 de novembro... o Irã vem realizando enriquecimento de urânio na usina", disse o relatório confidencial da AIEA, obtido pela Reuters.

O estoque de urânio enriquecido do Irã chegou a 372,3 quilos, bem acima do teto de 202,8 quilos do acordo. A pureza físsil máxima com que o regime já enriqueceu urânio até agora continua em 4,5 %, acima do teto de 3,67% do pacto, mas bem abaixo dos 20% que o Irã alcançou antes e dos 90% necessários para o combustível de uma bomba atômica.

O Irã continua a enriquecer com centrífugas diferentes de seu modelo mais básico, o IR-1, o que é proibido pelo acordo, acrescentou o relatório da AIEA. O país enriqueceu com centrífugas mais avançadas e até instalou pequenas quantidades de centrífugas não mencionadas no acordo, mostrou o documento.

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