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Irã diz que ciberataques dos EUA falharam e sugere possíveis negociações

24 jun 2019 - 10h26
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O governo do Irã afirmou nesta segunda-feira que os ciberataques promovidos pelos Estados Unidos contra forças militares iranianas falharam, e sugeriu que está disposto a discutir novas concessões com Washington caso os EUA suspendam sanções e ofereçam novos incentivos.

Destroços de drone dos EUA derrubado pelo Irã, de acordo com as forças iranianas
21/06/2019
Tasnim News Agency/Divulgação via REUTERS
Destroços de drone dos EUA derrubado pelo Irã, de acordo com as forças iranianas 21/06/2019 Tasnim News Agency/Divulgação via REUTERS
Foto: Reuters

Os rivais de longa data se aproximaram de um confronto militar direto na semana passada, quando o Irã abateu um drone norte-americano. O presidente dos EUA, Donald Trump, suspendeu um ataque em retaliação poucos minutos antes do impacto.

A imprensa norte-americana informou que os EUA realizaram ataques cibernéticos apesar de Trump ter cancelado o ataque aéreo. O Washington Post reportou no sábado que os ataques cibernéticos, que haviam sido planejados anteriormente, desativaram os sistemas de lançamento de foguetes iranianos. Autoridades dos EUA se recusaram a comentar.

"Eles se esforçaram, mas não realizaram um ataque bem-sucedido", disse Mohammad Javad Azari Jahromi, ministro de Tecnologia da Informação e Comunicações do Irã, no Twitter.

"A imprensa questionou se os supostos ataques cibernéticos contra o Irã são verdadeiros", tuitou ele. "No ano passado, neutralizamos 33 milhões de ataques com o firewall (nacional)".

Aliados dos EUA têm pedido por medidas para neutralizar a crise, expressando que temem que um pequeno erro de ambos os lados possa desencadear uma guerra.

"Estamos muito preocupados. Não achamos que nenhum dos lados quer uma guerra, mas estamos muito preocupados que possamos entrar em uma guerra acidental e estamos fazendo tudo o que podemos para minimizar as coisas", disse o secretário de Relações Exteriores britânico, Jeremy Hunt.

O secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, viajou para o Oriente Médio para discutir a questão do Irã com os líderes da Arábia Saudita e dos Emirados Árabes Unidos, que defendem uma abordagem mais inflexível. Pompeo se reuniou com o rei Salman e o príncipe herdeiro Mohammed bin Salman.

O representante especial dos EUA para o Irã, Brian Hook, visitou Omã e estava a caminho da Europa para explicar a política dos EUA aos aliados. Em um telefonema antes de sua chegada a Paris, ele disse a repórteres europeus que Trump estava disposto a sentar-se com o Irã, mas que o Irã deveria aceitar um acordo antes que as sanções fossem impostas.

As relações entre os dois países começaram a piorar no ano passado, quando os Estados Unidos abandonaram um acordo de 2015 entre o Irã e as potências mundiais projetado para conter o programa nuclear iraniano em troca da suspensão das sanções.

A rivalidade se acirrou no mês passado quando Trump intensificou as sanções, ordenando que todos os países parassem de comprar petróleo iraniano.

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