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Irã diz que ataque a subúrbios de Damasco devem continuar após pedido de cessar-fogo

25 fev 2018 - 11h52
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O Irã afirmou que ataques continuariam em áreas mantidas por rebeldes perto de Damasco, onde confrontos foram reportados neste domingo entre insurgentes e forças do governo, apesar de uma resolução da ONU demandando uma trégua de 30 dias na Síria.

Aviões de guerra e artilharia atingiram algumas cidades a leste do enclave Ghouta, disseram moradores, socorristas e o Observatório Sírio de Direitos Humanos.

O Observatório, grupo de monitoramento de guerra baseado no Reino Unido, afirmou que o bombardeio de domingo foi menos intenso que os ataques da última semana.

Rebeldes disseram ter disputado com forças do governo em diversas frentes nas primeiras horas do domingo. Não houve comentário imediato por parte do exército sírio.

O general iraniano Mohammad Baqeri, cujo governo apoia o presidente sírio Bashar al-Assad, afirmou que Teerã e Damasco respeitariam a resolução da ONU.

O chefe do exército iraniano, no entanto, também disse que a trégua não cobria partes do subúrbio de Damasco "mantido pelos terroristas", disse a agência de notícias Tasnim.

Diversos cessar-fogo anteriores se desenrolaram rapidamente na guerra de sete anos na Síria, onde o exército de Assad ganhou vantagem com a ajuda do Irã e da Rússia, seus principais aliados.

A resolução do Conselho de Segurança da ONU no sábado ocorreu após sete dias consecutivos de bombardeios das forças pró-governo nos subúrbios sitiados do leste, em uma das ofensivas mais fatais da guerra.

O Conselho votou de maneira unânime para demandar que a trégua permita acesso de ajuda e retiradas médicas. No entanto, enquanto Moscou apoiou a adoção da resolução, o embaixador russo no ONU Vassily Nebenzia colocou em dúvida sua viabilidade.

A resolução de cessar-fogo não inclui militantes do Estado Islâmico, al-Qaeda e da Frente Nusra.

Baqeri afirmou que o Irã e a Síria adeririam à resolução. Porém "partes dos subúrbios de Damasco, que estão sendo mantidas pelos terroristas, não são cobertas pelo cessar-fogo e a operação continuará lá", disse ele, citado pela agência Tasnim.

A última escalada por Damasco e seus aliados matou mais de 500 pessoas no enclave na última semana, disse o Observatório. Entre os mortos, mais de 120 crianças.

Ataques aéreos e bombardeios no domingo mataram quatro pessoas em Ghouta e feriram 27 pessoas, segundo o órgão.

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