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Irã continuará a enriquecer urânio apesar de medida dos EUA, diz presidente do Parlamento

4 mai 2019 - 14h16
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O Irã continuará a enriquecer urânio de baixa concentração, conforme acordo firmado com algumas potências mundiais, disse o presidente do Parlamento iraniano, Ali Larijani, neste sábado, apesar da movimentação dos Estados Unidos para que a atividade seja interrompida.

Na sexta-feira, Washington intensificou uma campanha para forçar a paralisação do enriquecimento de urânio pelo Irã, bem como a expansão da única usina de energia nuclear do país, com o objetivo de interromper o programa de mísseis balísticos de Teerã e restringir sua influência regional.

"Sob o (acordo nuclear) o Irã pode produzir água pesada, e isso não é um violação no entendimento. Sendo assim nós podemos continuar com atividade de enriquecimento", disse Larijani segundo a agência de notícias semi-estatal Isna. A agência Fars publicou reportagem semelhante.

A água pesada pode ser utilizada em reatores para produzir plutônio, que serve como combustível em ogivas nucleares.

Os EUA também cancelaram a suspensão de sanções, medida que havia permitido ao Irã ir além de um limite de 300kg sobre a quantidade de urânio de baixo enriquecimento que podia armazenar em Natanz, sua principal instalação nuclear.

Washington disse que a medida tinha como objetivo forçar Teerã a encerrar sua produção de urânio de baixo enriquecimento, exigência diversas vezes rejeitada pelo Irã, que alega utilizar o urânio para produzir energia.  

Até agora, o Irã tinha permissão para enviar o urânio produzido em Natanz à Rússia até o limite de 300 kg, disse um especialista.

Os Estados Unidos também disseram que voltariam a impor sanções que haviam sido retiradas para que o Irã pudesse armazenar em Omã a água pesada produzida em sua instalação de Arak além do limite de 300 toneladas, que havia sido acordado sob o acordo de 2015.

(Redação de Dubai)

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