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Irã continua respeitando acordo nuclear mesmo com novas sanções dos EUA, diz AIEA

22 nov 2018 - 21h13
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O Irã está fazendo sua parte no acordo nuclear com as grandes potências globais, reafirmou a agência reguladora de energia nuclear da ONU, que policia o pacto, nesta quinta-feira, duas semanas depois do início da última onda de sanções restabelecida pelos EUA contra Teerã. 

Amano fala em Viena
 22/11/2018   REUTERS/Leonhard Foeger
Amano fala em Viena 22/11/2018 REUTERS/Leonhard Foeger
Foto: Reuters

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse em maio que estava retirando os EUA do acordo nuclear de 2015 por razões que incluem a influência do Irã nas guerras da Síria e do Iêmen e por seu programa de mísseis balísticos, assuntos que não são cobertos pelo pacto. 

Alemanha, França e Reino Unido têm trabalhado para evitar um colapso do acordo, sob o qual sanções internacionais contra Teerã foram suspensas em troca da imposição de limites mais rígidos contra as atividades nucleares do Irã. 

Muitas empresas ocidentais cancelaram seus planos comerciais com o Irã por temerem infringir as sanções restabelecidas por Washington. Isso levantou preocupações sobre a quebra dos limites do acordo nuclear por parte do Irã. O documento estabelece que o país fique um ano sem poder fabricar um armamento nuclear caso escolha fazê-lo. 

"O Irã está implementando seus comprometimentos no âmbito nuclear sob o Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA)", disse o diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Yukiya Amano, em uma reunião trimestral do conselho de sua agência, composto por 35 governantes. 

"É essencial que o Irã continue a implementar completamente esses compromissos", acrescentou, confirmando as conclusões do relatório confidencial dirigido aos Estados-membros da AIEA na semana passada. 

Amano não comentou sobre o impacto mais amplo das sanções norte-americanas. A última rodada foi implementada de fato no dia 5 de novembro. O Irã alertou que poderia deixar o acordo se França, Reino Unido e Alemanha e seus aliados não preservarem os benefícios econômicos prometidos pelos termos documento.

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