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Irã anuncia prisão de 17 'espiões' da CIA; Trump nega

Governo disse que alguns suspeitos foram condenados à morte

22 jul 2019 - 10h34
(atualizado às 11h04)
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O governo do Irã anunciou nesta segunda-feira (22) a prisão de 17 supostos espiões treinados pela Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos, a CIA.

Em coletiva de imprensa, um alto funcionário do Departamento de Contraespionagem do Ministério da Inteligência iraniano disse que alguns suspeitos já foram inclusive condenados à morte.

"17 espiões treinados pela CIA foram identificados e presos no Irã", afirmou o funcionário, segundo a agência de notícias semioficial Fars.

Segundo ele, a notícia das prisões tem relação com um relatório divulgado em 18 de junho e que denunciou a existência de uma rede de espionagem cibernética no Irã. "Eles trabalhavam como consultores ou fornecedores em centros sensíveis e vitais, como organizações econômicas, nucleares, militares e correlatas", declarou.

Teerã diz que os espiões não tinham ligações entre si e haviam sido designados pela CIA cada um a um lugar específico. Em seu perfil no Twitter, o presidente dos EUA, Donald Trump, chamou a notícia de "totalmente falsa". "Zero verdade. Apenas mais mentiras e propaganda de um regime religioso que está fracassando e não sabe o que fazer. Sua economia está morta, e vai piorar muito. O Irã é uma bagunça total", escreveu.

O caso acontece em meio à crescente tensão entre Irã e Estados Unidos, que também envolve aliados de Washington no cenário internacional. Navio - Um porta-voz da primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, afirmou nesta segunda-feira que o navio petroleiro britânico Stena Impero, apreendido pelo Irã na última sexta (19), foi sequestrado sob "pretextos falsos" e deve ser "liberado imediatamente".

"Não queremos o confronto com o Irã, mas consideramos inaceitável o sequestro de um navio empenhado em um negócio legítimo em uma rota internacionalmente reconhecida para a navegação", disse.

Já o porta-voz do governo iraniano, Ali Rabiei, rebateu que a apreensão foi uma "medida legal" para "garantir a segurança regional". Além disso, ele cobrou a libertação de um petroleiro do Irã sequestrado no início do mês em Gibraltar, enclave britânico na Espanha.

O Stena Impero foi apreendido no Estreito de Ormuz e é acusado de "desrespeitar leis internacionais de navegação" ao supostamente colidir com um barco pesqueiro e não responder aos sinais de advertência lançados pelas autoridades.

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