Islândia - Grimsvotn

O vulcão
Grimsvotn é o vulcão que mais entrou em atividade na Islândia, e a maior parte dele está sob a geleira Vatnajökull. Por isso, frequentemente ocorrem fenômenos que os islandeses chamam de "jökulhlaups" (enchente glaciar), quando a água que se formou do derretimento aumenta de nível e rompe a barreira de gelo. Um dos resultados desse fenômeno é a fissura de Laki - que em 1783 produziu o maior fluxo de lava já registrado na história.

Erupção mais recente
O vulcão Grimsvotn entrou em erupção pela última vez no dia 21 de maio de 2011, a mais violenta erupção inicial registrada nos últimos 100 anos. Durante sete dias, o monte sob a geleira Vatnajökull expeliu colunas de fumaça que atingiram 20 km de altura. As cinzas expelidas na atmosfera provocaram o cancelamento de mais de 500 voos na Europa, atrapalhando as operações de aeroportos na Islândia, Alemanha, Escócia, Irlanda, Irlanda do Norte e Inglaterra. A atividade vulcânica diminuiu depois do terceiro dia de erupção, e a nuvem de cinzas foi dissipada por ventos fortes - o que contribuiu para que os voos na Europa fossem retomados logo.

Últimas erupções
O vulcão Grimsvotn entrou em erupção 18 vezes nos últimos 100 anos, segundo o Global Volcanism Program. Antes de 2011, o Grimsvotn entrou em erupção em 2004, quando foi lançada uma coluna de vapor e cinzas de 12 km na atmosfera, interrompendo o tráfego aéreo. O vulcão islandês entrou em erupção também em 1998, mas foi em 1996 que a atividade do Grimsvotn provocou uma enchente glaciar (chamada pelos islandeses de "jökulhlaups"). Em novembro daquele ano, o gelo se moveu e o reservatório do Grimsvotn drenou para fora uma gigantesca "jökulhlaup", liberando até 3 trilhões de litros de água em poucas horas. As águas da enchente - que arrastaram icebergs do tamanho de um prédio de três andares - destruíram a Ponte Gígjukvísl, de 375 metros de comprimento ,e a Ponte Skeiðará, de 900 metros, ambas em Skeiðarársandur.