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Indonésia encontra segunda caixa-preta de avião da Lion Air

14 jan 2019 - 10h02
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Autoridades da Indonésia irão recuperar nesta segunda-feira o conteúdo de um gravador de voz da cabine de comando de um avião da Lion Air que caiu há mais de dois meses, matando todas as 189 pessoas a bordo, depois que o dispositivo foi recuperado do fundo do mar perto de Jacarta.

Comandante da Marinha da Indonésia, almirante Yudo Margono, segura caixa-preta de avião da Lion Air encontrada por mergulhadores 14/01/2019 Antara Foto/Aprillio Akbar/via REUTERS
Comandante da Marinha da Indonésia, almirante Yudo Margono, segura caixa-preta de avião da Lion Air encontrada por mergulhadores 14/01/2019 Antara Foto/Aprillio Akbar/via REUTERS
Foto: Reuters

A queda foi a primeira da história envolvendo um avião 737 MAX da Boeing e a mais letal de 2018, e a recuperação da segunda caixa-preta da aeronave nesta segunda-feira pode fornecer mais detalhes sobre as últimas ações dos pilotos.

"Nós temos nosso próprio laboratório e pessoal para fazê-lo", disse à Reuters Haryo Satmiko, vice-chefe do comitê de segurança de transportes.

Satmiko disse que, no passado, o processo de recuperar, analisar e transcrever os conteúdos dos gravadores já durou até três meses.

O contato com o voo JT610 foi perdido 13 minutos depois que a aeronave decolou da capital Jacarta, no dia 29 de outubro, a caminho da cidade de Pangkal Pinang.

Um relatório preliminar do comitê de segurança de transportes da Indonésia focou em questões como a manutenção e treinamento da companhia aérea, assim como a resposta de um sistema antiparalisação da Boeing e a recente substituição de um sensor da aeronave, mas não determinou a causa da queda.

Um grupo de familiares de vítimas do incidente pediu que o  comitê de segurança de transportes revele "tudo que foi gravado" e que trabalhe de maneira independente.

O oficial da Marinha tenente-coronel Agung Nugroho disse à Reuters que um fraco sinal do gravador foi identificado diversos dias atrás e que o dispositivo foi encontrado enterrado no solo marinho a cerca de 30 metros de profundidade.

"Nós não sabemos qual dano existe, mas há óbvios arranhões nele", disse Nugroho.

Imagens fornecidas por uma autoridade da agência de transportes mostrou a tinta laranja do gravador lascada, mas nenhum grande dano aparente.

A Boeing não respondeu de imediato a pedido por comentário.

Desde o incidente, a companhia aérea Lion Air tem enfrentado inspeção de seus padrões de manutenção e treinamento e parentes de vítimas apresentaram ao menos três processos contra a Boeing.

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