PUBLICIDADE

Mundo

Indígenas pedem para UE rejeitar acordo com Mercosul

Líderes também denunciaram abusos contra suas tribos

6 nov 2019 - 14h32
Compartilhar
Exibir comentários

Exigindo mais proteção aos povos indígenas, um grupo de mais de 10 líderes de tribos de cinco regiões do Brasil foram até Bruxelas, na Bélgica, para pressionar a União Europeia (UE) contra a ratificação do acordo de livre comércio com o Mercosul.

    Entre as lideranças presentes está Nara Baré, de 39 anos, a primeira mulher a assumir a liderança da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab). Em entrevista à ANSA, ela explicou que o atual momento dos povos indígenas do Brasil "é uma guerra" e chamou de uma "nova colonização".

    A jornada "Sangue Indígena: Nenhuma Gota a Mais" vem sendo realizada pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) e os líderes indígenas visitarão 12 países do continente europeu.

    No coração da UE, entre ontem (5) e hoje (6), eles se encontraram com eurodeputados, representantes de instituições e o vice-presidente da Comissão Europeia, Frans Timmermans, onde a delegação pediu para não ser ratificado o acordo comercial com o Mercosul.

    "Isso agravaria o genocídio dos indígenas e o ecocídio da floresta amazônica e do serrado. Precisamos de cláusulas para defender nossos direitos e os da terra. O acordo precisa de cláusulas adicionais que garantam os direitos dos indígenas e a salvaguarda da terra. Caso contrário, será como recompensar Jair Bolsonaro e suas políticas", afirmou o advogado da Apib, Dinaman Tux, em entrevista à ANSA.

    A visita dos líderes acontece após uma intensificação de ataques contra os povos indígenas. Em uma delas, o guardião Paulo Paulino Guajajara foi assassinado em uma emboscada feita por madereiros. O caso aconteceu na sexta-feira (1), no Maranhão.

Ansa - Brasil   
Compartilhar
Publicidade
Publicidade