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Índia e China preparam novas conversas para amenizar impasse na fronteira

24 jul 2020 - 12h33
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Diplomatas da Índia e da China devem voltar a conversar nesta sexta-feira para diminuir as diferenças a respeito da retirada de tropas em uma fronteira disputada no oeste dos Himalaias, onde 20 soldados indianos morreram durante um confronto mais de um mês atrás.

Comboio militar indiano em estrada que leva para região de Ladakh
18/06/2020 REUTERS/Danish Ismail
Comboio militar indiano em estrada que leva para região de Ladakh 18/06/2020 REUTERS/Danish Ismail
Foto: Reuters

Não houve troca de tiros durante o conflito de 15 de junho no Vale de Galwan, localizado na região indiana de Ladakh, quando soldados indianos foram agredidos com pedras e bastões, mas o incidente foi o pior conflito entre os dois gigantes asiáticos munidos de armas nucleares em décadas.

Desde então, os dois lados realizaram várias rodadas de conversas para restaurar a calma e diminuíram a quantidade de tropas no vale, mas continuando a enviar reforços à região.

Assim que acertarem a logística de um recuo das posições na fronteira, o próximo passo seria a retirada de todas as forças adicionais e equipamentos militares que foram mobilizados em áreas de retaguarda após o confronto.

Diplomatas dos dois lados deveriam conversar por meio de uma reunião virtual do Mecanismo de Trabalho para Consulta e Coordenação de Assuntos da Fronteira Indochinesa, disse uma fonte do governo de Nova Délhi.

A divisa de fato, chamada de Linha de Controle Efetivo (LAC), foi estabelecida após uma guerra em 1962, mas continua mal definida, e ao longo das décadas foi palco de atritos esporádicos que nunca levaram a uma troca de tiros.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores indiano, Anurag Srivastava, disse que a manutenção da paz na fronteira é a base das relações bilaterais.

"Portanto, a nossa expectativa é que o lado chinês trabalhará sinceramente conosco para um desengajamento completo e para o apaziguamento e a restauração plena da paz e da tranquilidade nas áreas de fronteira o mais cedo possível", disse Srivastava.

Uma autoridade dos Estados Unidos que falou pedindo anonimato disse à Reuters em Washington que seu país viu um fortalecimento de forças na divisa indochinesa, estimando que cada lado tem mais de 10 mil tropas na área.

A Índia também adotou ações retaliatórias não-militares contra a China após o conflito do mês passado. Na quinta-feira, Nova Délhi disse que empresas de nações vizinhas que disputarem contratos governamentais precisarão se registrar e obter liberações de segurança.

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