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Mundo

Índia aprova lei de cidadania que exclui muçulmanos

Medida tem gerado protestos e debates pelo país

12 dez 2019 - 10h08
(atualizado às 14h21)
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O Parlamento da Índia aprovou nesta quarta-feira (11) uma polêmica lei que exclui muçulmanos de um projeto de concessão de cidadania. O projeto em questão facilita a concessão de cidadania a pessoas do Paquistão, Bangladesh e Afeganistão que deixaram seus países por algum episódio de perseguição religiosa anterior a 2015 e estão na Índia ilegalmente. No entanto, a nacionalidade indiana será oferecida de maneira mais veloz apenas a budistas, cristãos, hindus, partis, jains e sikhs. Dessa maneira, os muçulmanos rohingyas de Myanmar, que já foram alvos de perseguições, ficaram de fora.

Protesto contra nova lei de cidadania na Índia
Protesto contra nova lei de cidadania na Índia
Foto: EPA / Ansa - Brasil

    O Senado da Índia aprovou a lei por 125 voos a favor e 105 contra. O texto já tinha passado na última segunda-feira (9) pela Câmara dos Deputados e, agora, segue para sanção presidencial. A lei é de autoria do partido do ministro-ministro hindu nacionalista Narendra Modi, Bharatiya Janata.

    Enquanto o premier alega que a lei ajudará as vítimas de perseguição, a imprensa local vê a medida como um ato de marginalização dos muçulmanos. Logo após a aprovação no Senado, ontem, várias cidades da Índia registraram protestos violentos contra a nova lei. Em Assam e Tripura, foram registrados confrontos entre manifestantes e a polícia, que usou gás lacrimogêneo. De acordo com a emissora CNN, cerca de 1,8 mil pessoas foram detidas. O hinduísmo é a religião predominante na Índia, com 80,5% de seguidores. Depois, vem o islamismo (13,8%), o cristianismo (2,3%), o sikhismo (1,9%), budismo e jainismo (1,5%).

Ansa - Brasil   
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